Aracaju, 27 de abril de 2024
Search

PMA PREPARA MAIS DE 200 LEITOS DE RETAGUARDA PARA CASOS DE COVID-19 NA CAPITAL

6

Com base no Plano de Contingência para o enfrentamento ao novo coronavírus, a Prefeitura de Aracaju vem se preparando para atender aos pacientes que necessitem de atendimento durante a pandemia. Para isso, além de investir nas oito Unidades Básicas de Saúde que atendem exclusivamente casos de síndromes gripais, bem como no serviço ofertado nos contêineres instalados na área externa da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fernando Franco, a gestão municipal vem planejando e estruturando mais de 200 leitos de retaguarda.

Para o atendimento específico de pacientes com covid-19 que necessitem de internamento, são sete leitos já disponíveis na UPA Fernando Franco, outros sete leitos previstos na UPA Nestor Piva, 20 leitos contratados no Hospital São José e outros 16 que serão contratados no Hospital Universitário. A Saúde de Aracaju também preparou mais 20 leitos no prédio do Centro de Apoio Psicossocial (Caps) Jael Patrício de Lima, entregues na quinta-feira (16), e iniciou a estruturação do Centro de Atendimento Provisório – hospital de campanha -, que contará com mais 152 leitos.

“Temos investido com base nas projeções que temos feito diante desse cenário de pandemia, nos preparando para garantir um atendimento de qualidade. O espaço do Caps Jael Patrício está pronto e foi muito bem equipado para atender àqueles que se enquadrarem em casos de baixa e média complexidades. É um momento muito importante e estou muito feliz porque, a partir desta quinta-feira, já teremos disponível um novo local para atendimento exclusivo de pacientes com covid-19 na capital. Toda a estrutura que a Prefeitura tem planejado, incluindo o hospital de campanha, é para que os aracajuanos tenham toda a assistência de que precisarem”, destaca o prefeito Edvaldo Nogueira.

A secretária da Saúde, Waneska ,ressalta a importância de se antecipar na garantia de oferta desses leitos, para que todos os equipamentos de saúde disponíveis tenham um bom fluxo. “Com o avanço do nível Emergência em Saúde Pública previsto em nosso Plano de Contingência, a oferta de leitos de retaguarda se faz necessária, visto que o número de casos crescente pode sobrecarregar os equipamentos de saúde de que dispomos. Para isso, além da estruturação das unidades básicas, com atendimento exclusivo, os casos de baixa e média complexidade que necessitam de internamento serão atendidos nesses leitos de retaguarda. Precisamos nos antecipar para uma possível alta no número de pessoas internadas, e por isso já estão aptos e devidamente equipados os leitos do Hospital Fernando Franco e do Caps Jael”, garante a secretária.

De acordo com o coordenador da Rede de Urgência e Emergência (REUE) do Município, Júlio Lima, a preparação desses leitos de retaguarda envolve, além da parte humana, com a contratação e remanejamento de profissionais de saúde, a parte de equipamentos e insumos. “A Prefeitura vem se estruturando na parte de equipamentos, de pessoal, colocando todo suporte necessário da parte ventilatória, que é o mais acometido nesses pacientes, bem como a parte de material, medicamentos, insumos, tudo aquilo que a gente precisa para fazer o atendimento desse perfil de paciente”, explica.

Fluxo de atendimento
Sobre o perfil do paciente que será encaminhado para os leitos de retaguarda, o coordenador da Reue explicou que inicialmente eles receberão atendimento nas unidades de referência, e havendo necessidade de internamento, será realizada a solicitação através do Núcleo de Interno de Regulação (NIR) próprio da Secretaria.

“O paciente que precisar ser transferido para um dos leitos de retaguarda vai ser regulado pelo NIR, e será destinado para o leito adequado à necessidade dele. Vai ter um formulário a ser preenchido online recebido pelo NIR, que vai ter o painel de leitos onde vai verificar a disponibilidade de acordo com o perfil do paciente e do que ele precisa. O NIR vai ter a especificação do que cada leito tem”, detalha Júlio Lima.

O coordenador explica ainda que, no Fernando Franco e no hospital de campanha também haverá retaguarda de equipamentos, para atender aos pacientes que possam agravar o quadro clínico. “Os pacientes que estiverem internados em nossas unidades, e precisem de um procedimento mais complexo, realizamos a assistência inicial, fazemos todo procedimento de intubação e estabilização do paciente e solicitamos a vaga ao Estado, através da Central de Regulação de leitos deles, para que o paciente seja transferido para a Unidade de Terapia Intensiva. Ele não vai deixar de ser assistido, ele fica sendo atendido até a vaga ser liberada pelo Estado”, completa Júlio Lima.

Hospital de Campanha
O Centro de Atendimento Provisório, o hospital de campanha, para atendimento da população vítima da covid-19 começou a ser construído nesta quarta-feira (15), e tem previsão de entrega da obra no dia 29 de abril.

A parte interna principal do hospital será dividida em 134 leitos abertos; 18 leitos de isolamento com porta e visor; seis postos de enfermagem; seis salas para prescrição médica; seis salas de enfermagem; seis salas para armazenamento de roupas limpas e seis para sujas; seis salas de equipamentos; seis farmácias satélite; uma sala de administração; uma sala de reunião; um laboratório e uma copa e um refeitório; três salas de descanso; uma sala de informática e dois almoxarifados (um para farmácia e um para equipamentos).

Profissionais de Saúde
Segundo o coordenador da Rede de Urgência e Emergência (REUE), Júlio Lima, as equipes de Saúde que atuarão nos leitos de retaguarda trabalham por turno. No Fernando Franco, que já está com os leitos ativos, são entre oito e dez profissionais atuando por turno. “Entre médicos, enfermeiros, técnicos, estamos também incluindo o fisioterapeuta, que é um profissional importante para esse padrão de atendimento que estamos necessitando prestar”, justifica.

Nos leitos montados no prédio do Caps Jael Patrício o padrão de escala dispõe de dois médicos, dois enfermeiros, oito técnicos de enfermagem e dois fisioterapeutas por turno. “Também está incluso na unidade o farmacêutico e todo pessoal de apoio administrativo. Uma média de 15 profissionais de saúde atendendo por turno”, completa o coordenador.

Já no hospital de campanha que está sendo montado, a estrutura de profissionais será composta de 65 enfermeiros, 170 técnicos de enfermagem, nove farmacêuticos, 13 fisioterapeuta, 32 profissionais de apoio de rede e seis auxiliares administrativos.

A contratação da equipe médica ocorrerá com base na necessidade de horas de atendimento por mês. Ao todo, a Prefeitura oferecerá 9.828 horas mensais, as quais serão distribuídas entre médicos contratados de acordo com a disponibilidade de horário de cada profissional. A equipe será composta de médicos que serão contratados e os que são servidores remanejados do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar).

Leia também