A leishmanione visceral é uma doença que não acomete somente os cães. O cuidado diante desse fato deve ser permanente e, por isso, é essencial ter conhecimento sobre os sinais e sintomas para a busca de diagnóstico e tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no ano passado 13 pessoas foram diagnosticadas com leishmaniose visceral, na capital. A transmissão da doença em humanos acontece através do mosquito palha, um inseto pequeno que apresenta características de cor amarelada e que, quando está em repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.
A infectologista da SMS, Fabrízia Tavares, explica que a leishmaniose visceral é a principal forma que acomete as pessoas, mas existe também a leishmaniose cutânea.
“A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é um tipo da doença que acomete o corpo inteiro, principalmente o fígado, baço e linfonodo. Outro quadro clínico é a leishmaniose cutânea, que apresenta úlceras geralmente únicas e principalmente em perna, braço, podendo também aparecer no rosto ou outras áreas expostas de maior acesso ao mosquito”, descreve a infectologista.
Os principais sintomas são febre, que pode se prolongar por muito tempo, até por meses; emagrecimento, fragilidade dos cabelos, perda de massa muscular, inchaço nas pernas e na barriga; disfunção renal ou hepática.
“Quando o diagnóstico não é feito precocemente, o paciente procura o serviço de saúde com a doença na forma mais grave, apresentando anemia e perda de proteína severa, necessitando de internamento. O tratamento da leishmaniose é disponibilizado pelo SUS, com medicações liberadas em nível de Unidade de Saúde da Família ou de hospital”, informa Fabrízia Tavares.
As 45 Unidades de Saúde da Família (USFs) de Aracaju estão aptas para o diagnóstico da leishmaniose, bem como dispensam o medicamento necessário para tratar a doença. Para diagnóstico, a USF viabiliza os exames laboratoriais e, quando confirmado, o tratamento dura 20 dias e o paciente é acompanhado de forma criteriosa pela equipe de saúde da unidade de referência.
Fonte e foto SMS