Com o objetivo de avançar na valorização da rede hospitalar complementar e garantir repasses mais justos aos prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe (SES) realizou uma visita técnica à Secretaria de Saúde de São Paulo. A missão teve como foco conhecer o funcionamento da Tabela SUS Paulista e colher subsídios para a implantação da Tabela SUS Sergipe, adaptada à realidade do estado.
Implantada em 2024, a Tabela SUS Paulista foi criada para corrigir a defasagem histórica da tabela nacional, estabelecendo valores complementares aos pagos pelo Ministério da Saúde. Financiada com recursos do Tesouro Estadual, a iniciativa já resultou em aumento expressivo nos atendimentos, cirurgias e oferta de leitos. Em alguns procedimentos, os reajustes chegaram a até 1.000%, priorizando áreas como alta complexidade, oncologia e saúde da mulher.
Além do ganho financeiro, o modelo paulista se destaca pela transparência: todos os valores pagos, por instituição e procedimento, são disponibilizados em portais públicos, promovendo controle social e eficiência na gestão dos recursos.
De acordo com o diretor administrativo da Secretaria de Estado da Saúde, Jardel Mitermayer, para Sergipe, essa experiência será referência para construir um modelo próprio de contratualização, com mecanismos claros, padronizados e transparentes, garantindo mais equilíbrio na relação entre o Estado e os prestadores. “A Tabela SUS Sergipe deverá representar um marco na melhoria da assistência à população, fortalecendo a rede complementar e valorizando as instituições que compõem o SUS no estado”, destacou.
Segundo o diretor de planejamento da SES, Davi Rogério Fraga, o propósito inicial é de estabelecer uma nova forma de organização contratual junto aos prestadores ofertantes de serviços para os procedimentos disponíveis à população sergipana. “Nossa visita teve o objetivo de conhecer uma nova experiência na relação dos investimentos de recursos em ações e serviços públicos em saúde, no sentido de melhor qualificar os gastos”, afirmou.
Davi Rogério acrescentou, ainda, que, com uma tabela local financiando de forma complementar, é possível direcionar melhor os recursos para atender a necessidade de saúde da população, ao tempo que se planeja melhor ainda a aplicação de recursos públicos. “O grande ganho será na assistência, oportunizando ao paciente o tratamento necessário, com o atendimento em tempo mais célere”, ressaltou.
Foto: Ascom SES