Com a chegada oficial do inverno nesta sexta-feira, 20, o Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) chama a atenção de seus beneficiários para os cuidados com a saúde respiratória durante a estação mais fria do ano.
De acordo com a pneumologista do Ipesaúde, a médica Naiana Mota, é nesse período que crescem mais os casos de síndromes gripais, exigindo atenção redobrada com medidas preventivas. “Os índices aumentam nessa época do ano devido ao aumento da umidade do ar que favorece a circulação dos vírus”, explica.
Segundo a especialista, as infecções virais mais comuns nesta estação são gripe, resfriado, rinossinusite, bronquiolite e faringite. “Cada condição tem uma manifestação diferente, mas, em geral, os pacientes podem apresentar mialgia (que é aquele mal-estar no corpo), dor de garganta, coriza, espirros, febre, dor de cabeça e tosse produtiva”, detalha.
Para evitar esse tipo de problema de saúde, a médica reforça que a prevenção deve começar com atitudes simples no dia a dia. “É fundamental higienizar as mãos frequentemente, o álcool em gel pode ser um forte aliado; evitar aglomerações, priorizar ambientes ventilados, manter o cartão vacinal atualizado e caprichar na alimentação balanceada e no consumo de água”, orienta.
Vacinação é essencial
Um dos principais aliados no combate às síndromes gripais, especialmente durante o inverno, é a vacinação. No Ipesaúde, é possível tomar a vacina contra a Influenza (gripe) gratuitamente na Sala de Vacina do instituto, localizada no Centro de Especialidades (rua Campos, 177, bairro São José, Aracaju/SE). O espaço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem intervalo para almoço, tanto para beneficiários como para público geral.
A médica enfatiza que toda a população deve se vacinar contra a gripe, com atenção especial aos grupos de maior risco. “O foco principal está em pessoas com doenças crônicas, idosos e crianças, mas a vacina está disponível para toda a população. Atenção, também, para a vacinação contra a covid-19”, enfatiza..
Alerta para automedicação e sinais de gravidade
Outro ponto importante destacado pela pneumologista é o risco da automedicação, prática comum em casos de síndromes gripais, mas que pode trazer complicações sérias. “Evite automedicação. O uso de anti-inflamatórios e corticóides na fase inicial de uma síndrome gripal pode prejudicar o sistema imunológico de se recuperar. Deve-se preferir o uso de analgésicos e antitérmicos para controle dos sintomas como dor de garganta, dor de cabeça e febre. Lembrando que não adianta tomar antibiótico para vírus”, alerta.
Na dúvida entre infecção viral e crise alérgica respiratória, Naiana esclarece. “Normalmente as crises alérgicas respiratórias não causam febre, moleza e queda do estado geral que geralmente as infecções virais causam”, pontua.
A médica orienta os beneficiários a ficarem atentos aos sinais que indicam a necessidade de procurar atendimento médico com urgência. “A maioria das pessoas consegue se recuperar em casa com repouso, hidratação e cuidados básicos. Porém, existem situações em que é importante procurar o hospital ou atendimento médico imediato: dificuldade para respirar; febre alta persistente por mais de dois dias; desorientação ou confusão mental; fadiga extrema ou sonolência excessiva; vômitos com dificuldade de se alimentar. Em qualquer caso de dúvida ou se os sintomas não melhorarem, é sempre melhor procurar um médico. A orientação de um profissional é essencial para garantir um diagnóstico adequado e evitar complicações”, finaliza.
Foto: Ascom Ipesaúde