Aracaju, 7 de maio de 2024
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Maternidade N.Sra. de Lourdes realiza cerca de 50 partos em adolescentes por mês

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Os dados da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), demonstram que de janeiro a dezembro de 2020, dos 5.074 partos realizados, 710 foram em adolescentes, significando uma média de 59 partos ao mês. Já nos cinco meses de 2021, a instituição registrou 2.159 partos. Destes, 267 em adolescentes, gerando uma média de 53 partos no período. É o que aponta o relatório gerencial da Unidade.

“A gravidez na adolescência raramente é planejada e consequentemente provoca mudanças na vida da jovem que está gestante”, explicou a psicóloga da MNSL, Andresa Azevedo. Ela deixou claro que uma das formas de evitar gravidez na adolescência é se informar adequadamente. Ela observou que os parceiros devem estar abertos sobre os métodos contraceptivos.

“O preservativo é o mais comum, mais barato e mais fácil de utilizar. Além da gravidez indesejada, também protege contra as doenças sexualmente transmissíveis”, pontuou Andresa. A psicóloga lembra que as dificuldades encontradas por elas, são diferentes, dependendo do contexto que as mesmas estejam inseridas, e o apoio da família é de suma importância para que essas adolescentes não se sintam abandonadas e desenvolvam problemas psíquicos.

Cedo demais

Lisiane Gomes Barreto, 17 anos, descobriu que estava grávida de Ícaro Arthur, quando a menstruação atrasou e ela não havia planejado. Quando percebeu já estava com três meses e fez um exame de sangue (BHCG). Testou positivo. O seu companheiro Arthur, também adolescente, com 16 anos, também teve medo, mas decidiram revelar para a família. Lisiane, chegou na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes quando já estava com 41 semanas passou no posto do Porto Dantas, onde estava fazendo o pré-natal.

A paciente estava sem dores, porém com 41 semanas, o médico encaminhou para um obstetra que indicou para a gestante ser atendida na MNSL. Chegando na instituição fez um ultrassom e foi indicada para uma cesariana, já que o bebê pesava 4kg, Durante a gravidez, Lisiane teve diabetes gestacional. “Tive alta, no dia seguinte. Na MNSL fomos bem cuidados. Aprendi na sala de manejo a fazer a ordenha. Meu bebê só mama, gostei muito da instituição, da equipe multidisciplinar, pretendo fazer um curso de enfermagem e os profissionais da maternidade fortaleceram essa vontade. Não vou deixar de estudar, minha família e a de Arthur estão unidas para ajudar nesse momento”, concluiu Lisiane.

Ascom/SES

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