Aracaju, 8 de maio de 2024
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Nefrologista destaca importância do exame de creatinina

RITA DA CASSIA PEDROSA

Exame é de fácil acesso e baixo custo; especialista também recomenda boa alimentação e atividades físicas

No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a doença renal atinge mais de 10 milhões de pessoas. Dessas, cerca de

150 mil estão em diálise – processo de estímulo artificial da função dos rins, tratamento indicado, geralmente, quando os órgãos têm apenas 10% de funcionamento. Outro dado alarmante é que, nos últimos 10 anos, o número de pacientes renais cresceu mais de

100% no país.

Assim, o mês de março é determinado para intensificação da atenção à saúde renal e de incentivo à campanha de prevenção da doença. Nele

é celebrado o Dia Mundial do Rim – comemorado, anualmente, na segunda quinta-feira do mês. Em alusão a data, o tema escolhido para 2024 foi: ‘Saúde dos Rins exame de Creatinina para todos – porque todos têm direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento’.

Médica nefrologista e professora do Curso de Medicina da Faculdade Ages, integrante da Inspirali, a vertical de ensino de Medicina do

Ecossistema Ânima, Rita de Cássia Pedrosa destaca a importância da dosagem de creatinina para diagnóstico da doença. De acordo com a especialista, o exame, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que custa, em média, R$ 10 (dez reais) na rede privada,

permite a avaliação da função renal e é um dos mais importantes para o diagnóstico precoce da doença renal.

“De fácil acesso pelo Sistema Público de Saúde e baixo custo na rede privada, o exame de dosagem da creatinina detecta os estágios da

função renal e deve ser feito, ao menos, uma vez por ano. Isso é imprescindível para o diagnóstico precoce, tratamento e que a doença não evolua para casos mais graves, inclusive a diálise”, alerta Dra. Rita Pedrosa.

A nefrologista ainda destacou a importância do controle da diabetes, do peso e da pressão arterial para a saúde renal e citou o uso

frequente de anti-inflamatórios, o tabagismo e o sedentarismo como fatores de risco para alterações renais. “Recomendamos uma alimentação saudável com baixa adição de sódio, açúcares e gorduras, um sono reparador, uma boa ingestão de água, atividades físicas

e a ida regular ao médico. Evitando os excessos e com boas práticas é possível melhorar a condição geral da saúde. No entanto, recomendamos que pessoas com histórico de doenças renais na família tenham cuidado redobrado”, finalizou a médica.

Texto e imagem Grecy Andrade

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