Aracaju, 30 de abril de 2024
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PMA alerta população sobre sintomas do lúpus, alzheimer e fibromialgia

Dr. Alexandre Cardoso - Foto_Michel de Oliveira (1)

Iniciada em 2014, a campanha Fevereiro Roxo busca sensibilizar a população sobre a importância dos exames preventivos e diagnósticos de três doenças crônicas: lúpus, alzheimer e fibromialgia. Desta forma, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforça a conscientização e informa que o tratamento adequado pode oferecer aos portadores a oportunidade de buscar uma melhor qualidade de vida.

De acordo com o médico da Unidade de Saúde da Família (USF) Manoel de Souza, Alexandre Cardoso, a porta de entrada para um diagnóstico precoce e um tratamento adequado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) acontece exclusivamente nas USFs, e é fundamental que as pessoas estejam atentas aos sinais e sintomas de cada doença.

“Esta é uma campanha de extrema importância que busca conscientizar não só a população como também a comunidade médica, para que eles venham se atentar aos sintomas apresentados em seus pacientes e assim chegar a um diagnóstico de forma precoce, prevenindo e garantindo a qualidade de vida dessas pessoas. É fundamental que ao primeiro sinal de alguma dessas doenças, a população busque um profissional, busque a atenção básica, que é a porta de entrada para o SUS, pois estamos aqui para encontrar a melhor forma para fazer com que as pessoas vivam bem”, declara Alexandre.

Ainda segundo o médico, cada uma das três doenças se apresentam de formas diferentes. O Alzheimer é uma doença crônica que acomete pessoas mais idosas, a partir dos 65 anos, mas que pode surgir a partir dos 50 anos. Esta é uma doença neurodegenerativa, que faz com que o paciente vá perdendo sua capacidade cognitiva, tendo um déficit progressivo do seu raciocínio, como por exemplo começar a colocar os objetos em locais inapropriados, apresentar alteração da memória recente, perdendo o processo da linguagem e o senso de localização. Tudo isso pode gerar um transtorno do ponto de vista do humor, então é importante que os familiares estejam atentos aos sinais, dando apoio, acolhendo e confortando o paciente.

Já o Lúpus é uma doença que tem algumas condições específicas, que pode aparecer de forma diferente em cada paciente. Resumidamente, o lúpus pode ser dividido como cutâneo, onde o paciente só vai ter lesões na pele, assim como também pode apresentar-se como uma forma sistêmica, acometendo um ou vários órgãos do corpo, como a pele, o rim, coração, entre outros.

“Dependendo de como o paciente se apresente com a doença, ele pode precisar do apoio e acompanhamento multidisciplinar, como um cardiologista, dermatologista, reumatologista, além do próprio médico da atenção básica que pode estar acompanhando o paciente e otimizando essa medicação a depender do seu quadro clínico. Outra característica do lúpus é que ele pode aparecer em remissão, que é quando o paciente pode ter um momento que não tem sintomas”, explica Alexandre.

A fibromialgia, por sua vez, conforme explica o médico, é conhecida como uma síndrome, pois é um conjunto de sinais e sintomas que pode ser trabalhada a partir de três grandes marcadores clínicos: alteração do humor, insônia e a dor generalizada. É uma doença que acomete cerca de 3% da população brasileira, onde estima-se que 90% seja do sexo feminino. O diagnóstico, geralmente, é feito entre os 30 e 50 anos e o paciente passa a depender da estabilização desses três marcadores principais. A insônia pode aparecer de várias formas, como não conseguir dormir ou mesmo ter uma alteração de manutenção, que é quando o paciente acorda várias vezes ao longo da noite. Tudo isso gera alteração de humor, irritabilidade, ansiedade e é frequente a possibilidade de depressão.

“Costumamos dizer que se o paciente não está dormindo direito ele vai alterar o humor e vai começar a ter dor e, com isso, ele vai alterar o humor e vai ficar com insônia. Para conseguir tratar a dor é necessário ter a consciência de estabilizar esses três marcadores da fibromialgia. Alguns pacientes chegam a um estágio da doença que são sensíveis ao toque, apresentam dor na orelha, ou qualquer outra parte mole do corpo, por isso ela é conhecida como a doença da dor generalizada”, completa Alexandre Cardoso.

Foto: Michel Oliveira

Secom AAN

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