Aracaju, 29 de março de 2024

Estanciano completa 64 anos neste domingo, conheça sua história

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Fundado no dia 14 de junho de 1956, o Estanciano Esporte Clube completa 64 anos de histórias e glórias neste domingo (14/06).

Com suas cores verde e amarelo, tem o Canário como mascote, mais conhecido como Canarinho do Piauitinga.

Pelo Estadual, ficou na sétima posição no Campeonato Sergipano A1 de 2017. Já pela Copa do Nordeste Sub-20, teve uma boa participação. Na primeira fase foi o primeiro colocado, com sete pontos. Em sua primeira partida, empate com o Sampaio Corrêa-MA por 2 a 2. Na segunda e terceira rodada, vitória por 1 a 0 sobre o Timon-PI e por 2 a 1 diante do Campinense-PB. Contudo, perdeu nas quartas de final para o Bahia-BA por 3 a 0. Também pela categoria de base, conquistou o título do Campeonato Sergipano Sub-19 de 2016.

O maior do interior no Sul de Sergipe manda seus jogos no Estádio Augusto Franco que após reforma tem capacidade para 8 mil espectadores sentados e tem como seu presidente Sidney Araújo.

Estádio

O Estanciano tinha seu campo situado a Rua da Boa Viagem hoje Monsenhor Santiago, e nos fundos do Antigo Cruzeiro, hoje Casa da Cultura e Hospital Amparo de Maria.

Falando em Estádio… “o Francão” completou 37 anos no dia 5 de março sem muito a comemorar.

Ação no MP

Depois de vários anos de abandono e de denúncias feitas pela imprensa e por desportistas, o Ministério Público, através da promotora do Patrimônio Público de Estância, acatou uma ação civil pública impetrada pelo desportista Fábio Emanuel Silveira Oliveira, mais conhecido como Fábio Francão.

Sonho realizado dos apaixonados pelo Estanciano

Finalmente o sonho dos desportistas estancianos foi realizado com a reinauguração do Estádio já no dia 11/05/2011, com a presença do Governador do Estado, Marcelo Déda Chagas, que não mediu esforços para que a reforma fosse realizada, um grande feito do seu governo para o esporte sergipano, e a presença também de grande número de autoridades.

Em um momento oportuno, o Estanciano foi vice-campeão estadual disputou a competição regional, Copa do Nordeste, o Campeonato Sergipano e a Copa do Brasil.

Rivalidade

O principal rival do Estanciano é o Sport Clube Santa Cruz com quem realiza o chamado Clássico do Piauitinga. Mas, atualmente o rival está desativado profissionalmente.

Atualmente a equipe passa por uma séria reestruturação financeira e organizacional do departamento de futebol.

Novos Tempos

Confirmada a sua a participação na Campeonato Sergipano de Futebol de 2020 – Série A2 e mediante preparação e planejamentos antecipados, o clube desponta como um dos principais favoritos à conquista do título e ascensão à elite do futebol estadual em 2021.

Decepção na garotada

Em meio às turbulências e escândalos envolvendo as categorias de base do Canarinho do Piauitinga na Copa São Paulo de Futebol Jr o Estanciano vive um panorama com expectativas dos apaixonados torcedores por dias melhores.

Torcida Apaixonada

A torcida “Canário Chopp” e outras que fazia a alegria dos estancianos não concordou com os problemas internos do Estanciano e sua maioria se afastou do seu apaixonado clube, contudo há esperanças de um novo Estanciano empurrado pelo calor de sua tão grandiosa torcida assim como o próprio Canarinho do Piauitinga, gigante pelo nome e por sua força de vontade.

Atualmente

Atualmente o time participará do Campeonato Sergipano Sub 20 da 2ª divisão visando a vaga para Copa São Paulo de Futebol Jr 2021; logo em seguida disputará o Campeonato Sergipano da Série A2 (Sub 23) visando o acesso para a Série A1/2021; e, por fim o Campeonato Sergipano Sub 17 visando a vaga para a Copa do Nordeste Sub 17/2021 e Copa do Brasil Sub 17/2021.

Tragédia a caminho do Paulo Barreto em 1979 (Por: Prof. Rubens Marques)

O Estanciano Esporte Clube já sofreu várias derrotas, tomou várias goleadas, daquelas de doer na alma do torcedor apaixonado, uma delas foi Estanciano 2 x 9 Sergipe, mas nenhuma pode ser comparada à tristeza provocada pelo fatídico acidente automobilístico ocorrido no dia 20 de abril de 1979.

O Estanciano estava em fase de pré-temporada para o campeonato sergipano, e como é comum acontecem os jogos amistosos, e nesse dia a peleja seria contra o Lagarto Esporte Clube no Estádio Paulo Barreto de Menezes na cidade de Lagarto.

Naquela época os clubes do interior viajavam em condições precárias (exceto o Itabaiana), e só se deslocavam de ônibus quando o time ia bem no campeonato e entrava algum dinheiro de bilheteria, mas o normal era fazer o translado dos jogadores, comissão técnica e diretoria de Kombi e veículos particulares de torcedores e membros da direção.

Jogava-se por amor à camisa mesmo, porque salário só se sobrasse alguma coisa depois de pagar todas as despesas, inclusive se o atleta quisesse uma chuteira de boa qualidade teria que comprar com o próprio dinheiro.

Os jogadores, comissão técnica e torcedores seguiram para Lagarto no início da noite e na BR 101 Km 137, nas imediações do Posto das Mangueiras (hoje em ruínas) o veículo Chevette, dirigido por Nadinho (filho de Dona Margarida do Hotel D. Bosco), colidiu com um caminhão tanque que coincidentemente tinha como condutor um estanciano de nome China.

O time na década de 80 por Jornalista João Augusto Freitas

Que futebol lindo era jogado com um ataque do trio Lauro, China e Horácio sob o comando do professor Jaime de Souza Lima, um gigante na beira do gramado.

Dois grandes momentos assim o torcedor do Estanciano, viveu, bem pertinho do título estadual. Um comandado por Renato Silva na década de 80, com um vice-campeonato estadual, em 1983, o mais doloroso para o torcedor canarinho. Em 2015, com Sidney, o ex-jogador, o clube chegou a outra final, não tinha realmente um time para ser campeão, apesar da boa campanha. Quantos anos se passarão novamente para que o torcedor volte a ver seu time numa final ou mesmo conquistar o tão sonhado título? Com a atual estrutura, nunca! Infelizmente.

Vamos então a lembranças, melhor lembrar do excepcional time do início da década de 80. Sem comparativo nos gramados, mas o sentimento, pelo menos o meu, é o mesmo, aquele time que perdeu o título para o Confiança no Batistão (com alguns lances questionáveis) deixou a mesma sensação do Mundial que a Seleção Brasileira não chegara nem a final, sendo interrompida pela Itália, um ano antes. Naquele ano, ainda havia uma motivação maior para o torcedor, a inauguração do Francão, que lotava a cada quarta-feira e domingo, quantas aulas foram gazeadas para assistir estes jogos empolgantes.

Pelo menos eu tenho este sentimento, aquele Canarinho formado com jogadores (pesquisei esta escalação) Nego, Almeida, Bodi , Lima e Amaro; Luís Carlos, Neguinho e Misso; Lauro, China e Horácio. Dirigido pelo técnico Jaime de Souza Lima. Naturalmente que na história da equipe tem Moscou (cresci vendo este centroavante), goleiro como Dimas, o veloz Didi e muitos outros que ficaram na memória dos torcedores.

Vou abrir um parênteses neste texto em homenagem ao Estanciano, para lembrar o Santa Cruz, “Azulão do Piauitinga” (este pelo visto acabou) e creio que no futebol sem a rivalidade de um Santa Cruz x Estanciano – um dos maiores clássicos no futebol do interior do Estado. Mesmo praticamente tendo posto ponto final na história do futebol, o Santa Cruz carrega na sua história títulos, um pentacampeoanto amador (na época não havia futebol profissional) ou aquela vitória sobre o nosso Canarinho na inauguração do Estádio Augusto Franco, no dia 5 de março de 1983 (uma das mais belas festas do futebol estanciano). Gol do artilheiro Bela.

Por: Washington Reis / SERGIPE REPÓRTER

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