Aracaju, 30 de abril de 2024
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Huse reúne profissionais para o I Encontro de Neurologia Vascular

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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda causa de morte no mundo, a primeira causa de incapacidade e é um problema que pode afetar a todos de qualquer faixa etária. No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), são registrados cerca de 35 casos de AVC por semana seja isquêmico ou hemorrágico, por dia são em torno de 6 a 10 casos atendidos. Pensando nisso, foi realizado na tarde de quarta-feira, 7, no auditório do hospital, o I Encontro de Neurologia Vascular do Huse, um evento que é parte de uma série de ações que iniciaram no último final de semana a respeito do combate ao AVC.

Participaram do encontro médicos, profissionais da área de saúde e estudantes. A neurologista vascular e representante da Rede Brasil AVC em Sergipe, Larissy Lima, abordou o atendimento agudo do AVC isquêmico focando a trombólise endovenosa que é uma terapia de reperfusão e ressaltou como surgiu a iniciativa e a importância do evento.

“Trouxemos esse evento aqui o maior hospital público para conscientizar os profissionais a cerca da doença que é o AVC e que infelizmente a gente ainda não tem essa consciência e para regar uma semente de uma linha de cuidados, apesar de ainda não termos uma unidade de AVC propriamente dita em funcionamento. Foram palestras de grande importância que iniciaram com uma breve introdução sobre o AVC, uma abordagem ao atendimento inicial do AVC, AVC Hemorrágico e AVC isquêmico extenso, tudo para chamar atenção do problema de saúde pública que o AVC é, da questão social, financeira, econômica e psicológica que se desenvolve acerca do AVC, além de tentar sensibilizar a população, profissionais e gestores”, informou a médica.

Há 4 anos trabalhando no Huse, a Referência Técnica da Neurologia do hospital, Marcelo Oliveira Paixão, já vem discutindo para melhorar o tratamento dos pacientes sobre a importância do diagnóstico precoce e um encaminhamento rápido para o Huse.

“Se a gente parar para pensar, muitos hospitais particulares ainda não tem organização para atendimento desses pacientes agudamente e nós no público estamos perseverando diante de uma realidade difícil, mas, insistimos em fazer algo que é nossa obrigação, atender esses pacientes. 85% dos casos de AVC são isquêmicos e nós temos muitos com gravidade pequena, pequenos deficit, pequena perda de fala, pequenos desvios de face, mas, no meio desses pacientes temos casos graves que chegam entubados, rebaixados e em coma”, explicou.

Ainda segundo ele, não é permitido fechar os olhos diante desses casos de AVC e o pós-alta é fundamental na recuperação do paciente. “Conseguir dar alta a um paciente desses aqui no Huse é um sucesso porque ele ficou bem e sobreviveu ao evento, mas, considerando o SUS municipal e estadual, esses pacientes acabam tendo complicações também e pensando dessa forma é importante ver o pós-alta, por isso, criamos o ambulatório de AVC no Ambulatório de Retorno para fazer algo por esses pacientes que necessitam de mais cuidados após um AVC. Nesse encontro, envolvemos a todos por uma ação que merece atenção especial para cada vez mais melhorar a assistência nesses casos, não é permitido fechar os olhos diante desses casos”, enfatizou.

O neurocirurgião e palestrante, Bruno Fernandes, destacou a importância da educação continuada e da capacitação dos profissionais. “Esse encontro foi muito importante porque falou a favor de educação continuada e todo serviço de respeito tem que haver iniciativas desse tipo, no sentido de capacitar todos os membros da equipe porque o trabalho é feito em equipe, então, todos devem estar capacitados seja o médico, o enfermeiro, o fisioterapeuta todos falando a mesma língua para que o tratamento do paciente seja feito da melhor forma possível”, disse.

O neurologista do Huse, Philippe Joaquim macedo, explicou sobre o AVC isquêmico extenso que é quando o paciente tem uma lesão muito grande isquêmica, um infarto cerebral e vai ter toda uma particularidade terapêutica desse grupo de pacientes. Para os participantes do encontro, foram momentos de muita aprendizagem e capacitação para melhor tratar os pacientes que chegam no Pronto Socorro do Huse.

A técnica de enfermagem da Área Verde Trauma, Karillene Carvalho, aprovou o encontro. “Eu gosto de estudar e aprender mais, por isso, resolvi participar desse encontro já que recebemos diariamente muitos casos de vítimas de AVC no nosso Pronto Socorro e nada mais correto do que prestar um atendimento seguro e saber agir no momento de tratar de um paciente com esse quadro. Evento muito bom e com profissionais excelentes”, destacou.

Já a estudante da UNIP, Gercília Lima, uma excelente oportunidade de conhecimento. “Conhecimento nunca é demais e eu me interesso muito pela saúde, você ter a oportunidade de participar de um evento dessa magnitude e ainda por cima sem pagar nada por ele é impossível ficar de fora. Que venham outros tantos encontros para nos encher de informações”, concluiu.

Fonte e foto assessoria

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