Aracaju, 7 de julho de 2025
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Prefeitura realiza limpeza e manutenção preventiva dos 70 canais da cidade

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A cidade de Aracaju é cortada por 70 canais, cuja manutenção, realizada diariamente, conta com a ação de cerca de 100 agentes de limpeza e de maquinário específico para a retirada de resíduos e a consequente prevenção a possíveis transtornos à população. O serviço, realizado pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Empresa de Serviços Urbanos (Emsurb), é dividido em três etapas, determinadas pela capacidade e pela volumetria de resíduos do canal.

“A Emsub tem uma programação, bem planejada, para que, dentro dessa rotina, haja uma periodicidade necessária para cada canal, baseada no tempo de limpeza, no acúmulo de resíduo e na volumetria que é retirada de cada um deles”, explica o presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas.

A Empresa utiliza três métodos para a realização da limpeza: a manual, a mecanizada e a de barragem. A manual é feita pelos próprios agentes da Emsurb; a mecanizada através de máquinas, pás carregadeiras que retiram os resíduos; e o método de barragem utiliza uma treliça para barrar a água.

“O canal fica sem o fluxo de água e, assim, é possível tirar os resíduos”, esclarece Luiz Roberto. Os resíduos retirados são deixados em descanso para que a água seja drenada e, depois, a areia que resta é encaminhada para aterros específicos a depender da situação, se há contaminação ou não.

Cada equipe de limpeza tem 11 pessoas e, a depender do canal, podem ser necessárias duas ou três equipes em cada um deles. Calculando os três tipos de limpeza, cerca de 100 pessoas estão envolvidas na atividade, entre funcionários próprios da Emsurb e terceirizados para o serviço específico.  “Todo dia tem programação de limpeza”, garante o presidente.

Resiliência

Essa ação preventiva foi fundamental, segundo Luiz Roberto, para que a cidade resistisse bem aos mais de 300 milímetros de chuvas do mês passado, por exemplo. “A limpeza permite que haja uma fluidez de drenagem dentro dos canais, evitando o transbordamento e os alagamentos. Se os canais não tivessem com a efetiva limpeza, a situação teria sido pior, porque esse volume de chuva enche qualquer cidade ”, justifica Luiz Roberto.

Segundo Luiz Roberto, essa ação periódica é necessária porque os canais que cortam Aracaju se comunicam entre si e sofrem uma interferência grande da maré e dos rios, o que acaba gerando o acúmulo de detritos, de sólidos em suspensão. Esse, de acordo com Luiz Roberto, é o principal tipo de resíduo encontrado nos canais.

“Como eles se interligam, há uma necessidade de limpar todo o trecho do canal para garantir o fluxo contínuo dele, que geralmente  tem como destino final o rio ou o oceano”,  diz. Mas também há a sujeira descartada de forma irregular pela população. “Esses resíduos acabam entrando e aumentando o volume que já existe naturalmente”, ressalta o presidente da Emsurb.

No canal da Airton Teles, por exemplo, foram retiradas duas toneladas de resíduos na semana passada. O grande volume, de acordo com Luiz Roberto, vem sendo uma rotina para a Emsurb. “Na maioria, encontramos muita areia, mas também tinha muito reciclável, muito plástico e até lixo domiciliar”, afirma.

Para o presidente, não há razões para esse tipo de descarte. “Aracaju tem uma coleta regular, com 100% de cobertura na coleta de lixo domiciliar. Então, isso passa por uma questão de educação. E a gente vê esse retorno da população em muitos casos, mas ainda há quem insista nessa prática”, lamenta Luiz Roberto.

Foto: Felipe Goettenauer

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