Aracaju, 15 de maio de 2024
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Prefeitura reforça importância das campanhas de vacinação que terminam dia 13

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As campanhas de vacinação contra a poliomielite e o sarampo foram prorrogadas pelo Ministério da Saúde até o dia 13 de novembro, em todo o país. A campanha estava prevista para encerrar no último dia 30 de outubro. O objetivo é aumentar a cobertura vacinal, que em diversas cidades tem sido baixa, inclusive na capital sergipana, fato que tem preocupado a Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju (SMS).

De acordo com a coordenadora do Programa de Imunização da SMS, Ilziney Simões, a meta é imunizar, pelo menos no que tange à poliomielite (que causa paralisia infantil), 95% do público alvo, isto é, cerca de 33 mil crianças, de um a menores de cinco anos. Mas até esta quinta-feira, 5, apenas 12.991 crianças foram vacinadas, o que representa 39,06%.

Vale frisar que as crianças de um a menores de cinco anos devem receber a Vacina Oral de Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses da Vacina Inativada de Poliomielite (VIP), do esquema básico de vacinação.  No caso de crianças menores de 1 ano (de 29 dias até 11 meses) deverão ser vacinadas seletivamente com a VIP, conforme as indicações do calendário nacional de vacinação.

Já a vacinação contra o sarampo é voltada para adultos na faixa etária de 20 a 49 anos, e não tem meta estabelecida a atingir, mas é tão importante quanto. Até o momento, de acordo com Ilziney Simões, 26 mil aracajuanos foram vacinados.

Ilziney Simões faz questão de lembrar que, antes da prorrogação das campanhas contra a poliomielite e sarampo, o Ministério da Saúde também havia mobilizado para a campanha de multivacinação, que atinge crianças e adolescentes até 15 anos, e tem o objetivo de estimular a atualização da caderneta de vacinação. Mas o Ministério da Saúde não precisou prorrogar por entender que esse tipo de vacina é ofertada a qualquer momento nos postos de saúde.

“A multivacinação é a única que não tem meta e pode ser feita a qualquer tempo. O que foi prorrogado até o dia 13 de novembro foram as campanhas contra sarampo e pólio, principalmente a poliomielite, o foco principal e que tem meta”, reforça a coordenadora.

Preocupação

Ilziney Simões alerta também para a baixa procura nos postos de vacinação pela imunização contra a poliomielite, uma doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita geralmente nas pernas. “A campanha contra a poliomielite é voltada para crianças de um a menores de cinco anos e a única, das três campanhas, que tem meta a ser atingida. As crianças precisam estar com as doses de poliomielite em dia para receber essa vacina por via oral. A gente sabe que a pólio não ocorre no Brasil desde a década de 90, mas infelizmente, com as baixas coberturas acontecendo, há sempre um risco de acontecer uma reintrodução desse vírus no país, que ainda continua circulando em países asiáticos, como Paquistão e Afeganistão”, reitera a coordenadora.

Estrutura

A Saúde de Aracaju oferta 44 salas de vacinação, dispostas nas unidades. Porém, por causa da pandemia, quatro dessas UBS restringiram o atendimento para casos de síndromes gripais, e não estão vacinando: UBS Geraldo Magela, Ministro Costa Cavalcante, José Machado e Onésimo Pinto.

No momento, 28 Unidades Básicas de Saúde estão com as salas de vacinação funcionando de forma rotineira, das 8h às 16h30. Outras 12 unidades estão com horário de atendimento estendido até as 18h30. São elas: UBS Hugo Gurgel, UBS Augusto Franco, UBS Francisco Fonseca, UBS Fernando Sampaio, UBS Dona Jovem, UBS Max Carvalho, UBS Santa Terezinha, UBS Antônio Alves, UBS Manoel de Souza, UBS Joaldo Barboza, UBS Cândida Alves e UBS José Calumby.

Dia D

No próximo sábado, 7, a SMS realiza o Dia D da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite. Segundo Ilziney, neste dia, 40 UBS estarão abertas, das 7h30 às 13h. “É aquela vacina da gotinha, que é para prevenir a paralisia infantil. Fazemos orientações aos agentes de saúde para mobilizarem as comunidades, fazendo busca ativa dessas crianças, estendendo o horário nas UBS para que, quem não pôde levar no horário de trabalho possa levar em horários diferenciados. Que os pais procurem manter a situação vacinal dos seus filhos atualizada, porque, até hoje, muitas doenças não estão acontecendo em virtude dessas campanhas, desde a década de 70. Infelizmente, com a baixa procura, podemos ser surpreendidos com momentos de tristeza por ver crianças acometidas por doenças que poderiam ser prevenidas com as vacinas”, conclui Ilziney.

Foto Sérgio Silva

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