Mandetta participou da live e deu dicas de como identificar a doença
da Agência Brasil
Yohei Sasakawa disse que a hanseníase ainda é uma doença cercada de preconceitos, que precisam ser desmistificados. “Hoje, temos medicamento gratuito. Não se trata de uma doneça vergonhosa, é uma doença facilmente curável”.
O presidente Bolsonaro disse que não sabia da extensão do problema no país e reforçou a necessidade das pessoas procurarem ajuda sempre que identificarem qualquer sintoma. “No passado, quem tinha hanseníase, era isolado. Tem gente que tem essa doença, [mas] tem vergonha, não se apresenta e fica escondido. Tem tratamento, com antibióticos, é gratuito, e a pessoa pode rapidamente ficar livre disso”, acrescentou.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica e que tem como agente etiológico o bacilo Micobacterium leprae. A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é de difícil transmissão, já que é necessário um longo período de exposição à bactéria, motivo pelo qual apenas uma pequena parcela da população infectada chega a adoecer.
A doença é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento. A doença apresenta ainda um longo período de incubação, ou seja, há um intervalo, em média, de dois a sete anos, até que os sintomas se manifestem. De acordo com o Ministério da Saúde, já houve, porém, casos atípicos, em que esse período foi mais curto – de sete meses – ou mais longo – de dez anos.
A hanseníase provoca alterações na pele e nos nervos periféricos, podendo ocasionar, em alguns casos, lesões neurais, o que gera níveis de incapacidade física. Os estados do Maranhão e do Pará são os que concentram mais quadros do grau 2 de incapacidade física, quando a análise se restringe a pacientes com até 15 anos de idade, enquanto o Tocantins tem a maior taxa entre a população geral, de todas as faixas etárias.