Uso de substância deve ser considerado problema social, diz entidade
da Agência Brasil
Morte de neurônios
Segundo a SBEM, estudos mostram que existe relação do uso de esteroides anabolizantes com a atrofia do volume do cérebro e morte dos neurônios. Além de dependência, o uso dessas drogas pode causar irritabilidade e agressividade, ansiedade, alteração da memória, comportamento sexual de risco, síndrome de abstinência na suspensão da droga e alteração da percepção da sua imagem corporal.
“Em geral a pessoa que tem intenção ou está utilizando anabolizante ela quer saber se existe uma dose mínima que é considerada segura que, com certeza, não vai produzir nenhum problema de saúde. A resposta infelizmente é não. Não tem nenhuma dose que a gente possa assegurar para a pessoa de que nenhuma consequência vai ocorrer”, disse o médico endocrinologista Roberto Zagury.
Segundo Zagury, com frequência os efeitos colaterais ocorrem nos testículos e no fígado. “O receptor no qual a testosterona se liga para induzir os efeitos que são desejados, que são ganho de massa muscular, ele é o mesmo em todas as células do corpo, inclusive no fígado e no testículo, onde com alguma frequência acontecem efeitos colaterais. Não existe uma dose mínima segura”.
Saúde do Homem
Segundo o Ministério da Saúde, os homens, comparativamente às mulheres, cuidam menos da saúde e apresentam maior índice de mortalidade. Eles têm mais excesso de peso, baixo consumo de frutas, de legumes e de verduras, alto consumo abusivo de bebidas alcoólicas e tabagismo, situações que podem estar se refletindo numa maior mortalidade por doenças do aparelho circulatório, principalmente entre os mais velhos. As causas externas de morte, violência e acidentes, também atingem mais os homens, predominantemente os mais jovens.
Comportamentos de risco, como consumo abusivo de bebidas alcoólicas, estão associados a falsa autopercepção de infalibilidade, facilitando a ocorrência de acidentes, situações de violência, e de contágio de doenças infectocontagiosas como HIV/Aids e tuberculose.