Aracaju, 29 de abril de 2024
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Programa Saúde na Escola promove cuidado integral a alunos da rede municipal

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Visando contribuir com a formação integral dos estudantes da rede de ensino pública, a Prefeitura de Aracaju, por meio das secretarias municipais da Saúde (SMS) e da Educação (Semed), realiza o Programa Saúde na Escola (PSE), que leva para dentro das instituições ações de promoção, prevenção e atenção à saúde básica.

O principal foco do programa, criado a partir de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação, está no enfrentamento às vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes da rede pública de ensino, garantido a eles os direitos permanentes à saúde e à educação.

Em Aracaju, o PSE é executado em 72 escolas da Educação Básica, com ações direcionadas em 13 eixos temáticos, respeitando a faixa etária e a realidade de cada região, conforme explica a referência técnica Aline Vieira.

“Trabalhamos as temáticas de acordo com a necessidade dos estudantes. Por exemplo, nas escolas de Educação Infantil nosso foco de trabalho são as questões da avaliação de saúde bucal, avaliação antropométrica, com peso, altura, e também na questão da alimentação saudável, para que possamos melhorar o estilo de vida da criança. Outras temáticas são direcionadas para o Ensino Fundamental, o que inclui avaliação oftalmológica, avaliação do cartão de vacina, entre outras. O programa dá suporte a todas essas ações de promoção e prevenção, com o objetivo de melhorar a saúde e qualidade de vida dos nossos estudantes”, explica Aline.

Ainda conforme a profissional, também são realizadas ações com foco na prevenção à gravidez na adolescência, prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), bem como de prevenção contra álcool e outras drogas, e o respeito à diversidade.

“Quando montamos o cronograma de atividades, sempre perguntamos qual é a maior necessidade da escola, naquele momento, porque dos 13 temas que o Ministério coloca como prioritários, vamos trabalhar de acordo com a realidade de cada ambiente. Por exemplo, se em uma Emei o maior foco de trabalho é para a questão da higiene por conta do risco em relação a algumas doenças, nós falaremos sobre isso, realizaremos reunião de pais, com sensibilização das crianças através de ações educativas, e os nossos parceiros também chegam junto nessas ações”, conta Aline.

De acordo com a referência técnica, para executar o PSE, a SMS, juntamente com a Semed, realiza um planejamento de atividades que são realizadas a partir de ações das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o que consiste na ida de uma equipe de profissionais até as escolas para efetuar a avaliação técnica dos estudantes. Em 2022, o PSE já realizou mais de 160 ações nas 72 escolas municipais de Aracaju que fazem parte do programa.

Os enfermeiros das UBSs realizam triagem e avaliação completa do quadro de saúde dos estudantes e, quando observados casos que necessitam de um acompanhamento médico, estes são encaminhados para consultas nas Unidades Básicas de Saúde, conforme explica a enfermeira da UBS Doutor Roberto Paixão, Marília Uchoa.

“Entre as ações que desenvolvemos está a avaliação antropométrica e do estado vacinal das crianças, para identificar se as crianças estão no peso adequado, se tomaram as vacinas corretas e, se houver algo errado, entregamos um encaminhamento que é repassado pelas escolas aos pais, para corrigir esses erros. Se essa criança tiver sobrepeso, por exemplo, ou estiver magra demais, ela será encaminhada para uma UBS para que possa ser feito o acompanhamento de saúde dessa criança”, descreve a enfermeira.

Cuidando da saúde das crianças e dos adolescentes, a gestão garante a este público que se encontra em situação de vulnerabilidade a oportunidade de um melhor desenvolvimento educacional. Uma criança que está com problemas de saúde não poderá ter um bom desempenho escolar. Por isso, o PSE, pensando no desenvolvimento dos alunos, realiza ações de políticas de assistência plena para as garantias dos direitos à saúde e à educação.

“O programa, direcionado para o ensino público, promove uma avaliação das condições gerais de saúde dos estudantes, seguindo os 13 eixos temáticos prioritários, para crianças e adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade e que precisam desse suporte. Tudo isso acontece a partir de ações intersetoriais da gestão municipal. Nós sentamos, juntos, para pactuar o que, de fato, é necessário ser realizado para favorecer a saúde e a educação, de acordo com a realidade de cada escola. Afinal, não podemos pensar que uma Emei vai pactuar as mesmas ações de uma Emef. São ações diversas para públicos distintos e cada uma no seu contexto. Por isso que o programa acaba dando certo, ele contextualiza, observa as realidades e reúne a saúde e educação”, avalia a coordenadora de Políticas para a Diversidade da Semed, Maíra Ielena.

Ações educativas

Além das ações de avaliações e encaminhamentos, outro eixo principal do Programa Saúde na Escola é a ação educativa. As equipes das UBSs também são responsáveis pela realização de atividades que visam trabalhar a prevenção de doenças de maneira lúdica e educativa, sobretudo no que diz respeito aos estudantes de séries mais avançadas do Ensino Fundamental.

“Temos parceiros, como universidades e os próprios programas da SMS, como o Programa Saúde da Mulher, o Programa contra IST/Aids, o projeto Sons do SUS, e o programa de Redução de danos, que utilizamos para articular ações que visam a saúde dos nossos alunos, para que eles pensem em um futuro de vida melhor”, explica Aline Vieira.

“Estamos sempre tentando trazer algum tema que seja muito importante, incluindo o combate à dengue, a importância da higiene constante para a prevenção da covid-19, entre outros. Outra coisa muito importante é que trazemos, também, as universidades para dentro da escola. Temos alunos de medicina do primeiro período participando do PSE, e é onde eles aprendem a importância de trabalhar num programa como esse, que é sair de dentro da unidade básica e realizar ação de prevenção na comunidade. Esses futuros médicos já começam a ter uma outra visão do que é o SUS, e como existem ações de políticas públicas municipais que são extramuros, desenvolvidas dentro das comunidades”, acrescenta a enfermeira Marília.

Foto: Sergio Silva

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