Regulamentada pela Lei Federal 14.510 de 2022, a telemedicina tem se expandido pelo Brasil como uma ferramenta prática e segura de atendimento médico pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Aracaju, os usuários têm acesso à saúde pública facilitado por meio desta modalidade oferecida pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Atualmente, o serviço atende às especialidades de neurologia adulto e pediátrico, psiquiatria adulto, endocrinologia, nefrologia, psiquiatria, hematologia, cardiologia, pneumologia e reumatologia.
A telemedicina é reconhecida como um método seguro de assistência médica, além de ser benéfica, ainda, por assegurar comodidade ao usuário, assim como para otimizar o serviço de saúde e até diminuir as filas de espera. Para tanto, os usuários de Aracaju têm acesso à telemedicina em todas as Unidades de Saúde da Família (USFs) da capital e nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Vida, localizado no bairro Novo Paraíso; Caps Primavera, no bairro Atalaia e no Caps Liberdade, no bairro Siqueira Campos.
“São disponibilizadas duas mil consultas por mês nesta modalidade, que não busca substituir o atendimento presencial, mas complementar a rede e maximizar opções. O sistema tem a capacidade de ofertar consultas com médicos do Brasil inteiro, e isso é uma vantagem, já que enfrentamos dificuldades de alguns especialistas aqui em Sergipe. Pela telemedicina, temos uma oferta maior de profissionais”, destaca a assessora técnica da Diretoria de Inteligência e Gestão Estratégica da SMS, Carla Cruz.
Fluxo de atendimento
A consulta por telemedicina segue o mesmo fluxo de procedimento que ocorre nas consultas presenciais. A marcação da consulta virtual é realizada pelo sistema na unidade de referência do usuário para facilitar o acesso do paciente e, no dia agendado, ele retorna à unidade. É necessário apenas assinar um termo de consentimento de consulta à distância.
“O paciente precisa se deslocar até a unidade no dia marcado, com cerca de 30 minutos de antecedência. Lá ele passará pela pré-consulta, onde é realizada a avaliação de todos os parâmetros físicos, como altura, peso, pressão arterial e glicemia. Esses dados são repassados para o médico, através da plataforma, onde ele terá acesso ao prontuário. Durante a consulta, o médico faz toda a avaliação pela tela, conversa com o paciente durante um período de 20 a 30 minutos, dependendo da especialidade. O paciente já sai com o encaminhamento para solicitação de exame e tem direito ao retorno com 30 dias caso necessário”, detalha Carla.
Por se tratar de telemedicina, para que o atendimento seja possível, é necessário que haja elementos tecnológicos essenciais, como, por exemplo, acesso à internet, uma plataforma de comunicação segura e confiável e que permita a realização de uma videoconferência, de troca de arquivos e que respeite a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Além disso, o atendimento é sigiloso e a privacidade do paciente garantida.
Cadastro dos usuários e o absenteísmo
Um dos principais problemas enfrentados é a desatualização do cadastro dos usuários, muitos dos quais mudam de telefone e endereço sem informar à unidade. Isso resulta em perda de consultas e dificulta a comunicação entre a equipe médica e os pacientes. Portanto, a Secretaria reforça a importância de os usuários atualizarem os cadastros, bem como comparecer no dia da consulta agendada.
“É fundamental que a população compreenda a importância desse serviço e a responsabilidade individual de manter seu cadastro atualizado, comparecendo às consultas agendadas. A telemedicina não apenas agiliza o atendimento, mas também contribui para a eficiência do sistema de saúde. Por isso, o usuário deve manter seu cadastro atualizado, garantindo um fluxo eficiente de comunicação. Outro desafio da SMS é com o absenteísmo tanto nas consultas presenciais, como na telemedicina, pois todo tipo de consulta tem um custo envolvido e é sempre importante que as pessoas não faltem”, reforça Carla.
Foto: Ascom/SMS