Companhia, que investiu R$ 6,7 bilhões na compra de terminal e termelétrica, aposta em crescimento do mercado para clientes industriais
A Eneva, empresa integrada de energia, que atua da exploração e produção (E&P) de gás natural até o fornecimento de soluções customizadas, colocou Sergipe como um dos focos de seus desafios estratégicos para 2023 e para os próximos anos. A novidade foi apresentada no Eneva Day, nesta quarta-feira (08/03), no Rio de Janeiro. Realizado anualmente, o encontro da companhia com investidores foi o primeiro tendo à frente o CEO Lino Cançado, que assumiu o cargo em 01/01/23.
Com a compra da antiga Celse, uma das maiores plantas a gás da América Latina (com capacidade instalada de 1,6 GW), concluída em outubro de 2022, a companhia se estabeleceu em Sergipe e deu um passo fundamental para ter sua primeira infraestrutura de hub de gás – além da exploração e de unidades geradoras, contar com gasoduto e porto que permitam a comercialização e o escoamento do produto.
Por esse motivo, o conglomerado no município de Barra dos Coqueiros passa a se chamar Hub Sergipe, oferecendo serviços de logística, buscando atender à demanda industrial e conectando a produção marítima de gás do Estado ao terminal de GNL da companhia e à malha de gasodutos no Nordeste.
“O desenvolvimento de estruturas de hub de gás já era um desafio estratégico da Eneva, mas mirávamos em outros projetos, até que apareceu a oportunidade de compra da Celse. A possibilidade de ter um empreendimento desse porte, que nos permitiu ampliar os horizontes de negócio da companhia, se mostrou extremamente acertada e colocou Sergipe entre as nossas prioridades para este e para os próximos anos. E ainda nos permite colocar de pé uma série de novos projetos, que já estão licenciados, e vieram junto com a aquisição do ativo”, destaca Lino Cançado, CEO da Eneva.
Detentor de uma da mais modernas e abertas legislações para o mercado de gás natural, Sergipe tem condições de receber mais investimentos da Eneva nos próximos anos. Além disso, está em curso a instalação de um gasoduto de 25 km para conectar o terminal de GNL da companhia à malha da TAG, assegurando mais uma nova fonte de suprimento de gás para o Nordeste.
A Eneva trabalha ainda em soluções para comercializar o gás importado por meio do terminal de GNL para distribuidoras e indústrias, estimulando a implantação de novos empreendimentos na região. O produto pode ser comercializado na modalidade firme ou flexível – em períodos de maior necessidade de geração térmica ou para assegurar contratos de entrega de produtores de gás natural. O objetivo é usar a capacidade excedente do terminal para gerar ainda mais receitas para a companhia e, consequentemente, oportunidades para o Estado.
A companhia planeja, ainda, transformar o terminal portuário porto de Barra dos Coqueiros em uma importante base para escoamento do gás onshore (extraído em terra) produzido na bacia de Sergipe-Alagoas.
A termelétrica de 1,6 GW de capacidade instalada que integra o Hub Sergipe desempenha papel fundamental na segurança energética do Nordeste, atendendo a 15% da demanda de energia da região. A unidade está totalmente contratada no ambiente regulado até dezembro de 2044.
De 2017 e 2022, a Eneva investiu, em todo o país, R$ 8,4 bilhões em aquisições e expansão de suas operações. Até 2030, a companhia estima mais R$ 11 bilhões de investimentos em suas operações, o que, somados com os últimos cinco anos, pode chegar a um total de aproximadamente R$ 20 bilhões.
Sobre a Eneva
A Eneva é maior operadora privada de gás natural on shore do Brasil e uma empresa integrada de energia, que atua da exploração e produção (E&P) do gás natural até o fornecimento de soluções de energia. A companhia possui ativos de E&P nos estados do Amazonas e Maranhão. Atualmente, opera 12 campos de gás natural nas Bacias do Parnaíba (MA) e Amazonas (AM), e possui, ao todo, uma área total sob concessão superior a 63 mil km² – a maior extensão concedida para gás em terra no Brasil.
Com um parque de geração com 6,3 GW de capacidade contratada e de projetos já em fase de construção, a Eneva produz energia segura e competitiva para o sistema elétrico brasileiro. Seus ativos de geração termelétrica estão localizados nos estados do Maranhão (Complexo Parnaíba e Itaqui), Ceará (Pecém II e Termofortaleza), Sergipe (Hub Sergipe) e Roraima (Jaguatirica II) e estão em fase de implementação no Amazonas (Complexo de Azulão, com o projeto Azulão 950). Em renováveis, a Eneva iniciará em breve a operação comercial do Complexo Solar Futura, em Juazeiro, na Bahia – um dos maiores parques fotovoltaicos das Américas.
Pioneira por natureza, a Eneva desenvolveu um modelo de negócio inédito no Brasil: o Reservoir-to-Wire (R2W), que consiste na geração térmica integrada aos campos produtores de gás natural. Com isso, a companhia desempenha um papel importante na transição da matriz energética brasileira, oferecendo energia a partir de um combustível flexível, econômico e eficiente. Listada no Novo Mercado da B3 (Bolsa de Valores brasileira) desde 2007, a empresa integra o Ibovespa e o ISE, entre outros índices da Bolsa.
Em sua agenda ESG, a Eneva atua sob três pilares – redução das emissões, progresso social e conservação da Amazônia. A Eneva visa continuar crescendo de forma responsável, oferecendo soluções de energia confiáveis e acessíveis para a sociedade.
Por Fernanda Nunes
Fonte FSB