A audiência pública realizada na tarde da última sexta-feira, 24, no Plenário da Câmara Municipal de Aracaju, uma iniciativa do vereador Professor Bittencourt (PDT) e fortemente reivindicada pela ASEOPP, concentrou-se no tema “O mercado imobiliário e as Associações Pró-Construção no âmbito de Aracaju”. O encontro foi marcado por discussões profundas, apesar da notável ausência das Associações Pró-Construção, parte interessada no debate.

O objetivo da sessão era estabelecer um marco no diálogo entre o setor público e privado para o avanço do mercado imobiliário de Aracaju, mas a sessão enfrentou desafios devido às ausências notadas. Professor Bittencourt expressou sua decepção: “É uma pena que nenhuma das Associações Pró-Construção tenha reconhecido a importância deste momento para o futuro da nossa cidade.”

Apesar disso, a presença de entidades significativas como a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário de Sergipe (ADEMI), a Associação dos Corretores de Imóveis de Sergipe (ACI-SE), o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Sergipe (CRECI-SE), e o Conselho das Associações de Moradores dos Bairros Aeroporto, Jabotiana e Zona de Expansão de Aracaju (COMBAZE), dirigido por Karina Drummond, trouxe perspectivas valiosas para a discussão.

Luciano Barreto, presidente da ASEOPP, juntamente com Aline Feitosa, advogada da associação, e Pedro Celestino, representante da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), lideraram um debate produtivo. As discussões se concentraram na importância de um crescimento imobiliário que seja equilibrado e sustentável, e na necessidade do cumprimento da legislação que rege o mercado imobiliário, a Lei Nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, que foi criada justamente para combater o modelo de negócio praticado atualmente por algumas Associações Pró-Construção em Sergipe.

Aline Feitosa ressaltou a importância de um crescimento imobiliário que respeite as leis e promova o bem-estar dos cidadãos. “A conversa de hoje é um passo essencial para o desenvolvimento conjunto e para enfrentar os desafios urbanos que temos pela frente”, disse ela, apesar das notáveis ausências.

Pedro Celestino, por sua vez, enfocou a necessidade do cumprimento da legislação. “As leis devem ser um facilitador do desenvolvimento. A audiência de hoje é crucial para fazer com que as Associações Pró-Construção se adequem à lei de Incorporação que rege todo o setor imobiliário, criada justamente para dar segurança jurídica aos compradores e ao mercado como um todo”, afirmou.

As discussões da audiência sublinharam a relevância do tema para o futuro do mercado imobiliário e para a cidade de Aracaju. Mesmo com as ausências das Associações Pró-Construção, houve avanços significativos nas conversas sobre como colaborar efetivamente com o desenvolvimento urbano e econômico da cidade.

A audiência, impulsionada pela ASEOPP, provou ser um passo essencial na direção certa, promovendo um diálogo produtivo entre diferentes stakeholders. Agora, aguarda-se que as discussões gerem resultados concretos e que futuras convocações sejam atendidas com o engajamento e seriedade que a cidade de Aracaju merece.

Foto China Tom​

Por Marcelo Carvalho