Quando uma indústria fecha, centenas de sonhos são desfeitos. Dos seus proprietários, que tanto investiram para concretização do negócio. Dos colaboradores, que vislumbram um futuro melhor com o emprego e garantindo o sustento da família. E até mesmo da comunidade onde ela está inserida, pois toda uma cadeia produtiva, como comércio e fornecedores, é fomentada com essa empresa. E foi isso que aconteceu em março de 2017, quando a Indústria Vidreira do Nordeste (IVN), localizada no município de Estância, teve que fechar suas portas. Mas essa realidade está prestes a mudar.
Em setembro passado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a aquisição da IVN pela Vidroporto, tradicional empresa do ramo das embalagens de vidro, com sua sede instalada na cidade de Porto Ferreira, em São Paulo. O valor da negociação foi mantido em sigilo. Segundo o parecer do CADE, a compra não prejudica a economia e acirra a competitividade na região nordeste, que neste mercado, hoje é dominado pela multinacional americana Owens-Illinois.
Ainda não há previsão do retorno do funcionamento da fábrica em Estância, mas com a aquisição espera-se a reabertura para o próximo semestre. À época do fechamento, a indústria empregava 170 funcionários e a expectativa em torno da retomada desses empregos é grande por parte dos estancianos e será muito importante para o desenvolvimento da região sul de Sergipe.
Por Antonio Oviedo