Aracaju, 30 de abril de 2024
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Cesta básica em Aracaju: análise e perspectivas econômicas na variação de preços

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Economista destaca tendências e impactos no poder de compra e implicações diretas nas variações de preços

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor de Sergipe (Procon Sergipe) lança um olhar minucioso sobre o cenário econômico alimentar de Aracaju, através da apresentação dos detalhes de sua recente pesquisa de preços referente à cesta básica em setembro. Entre os dias 19 e 20, em estabelecimentos na capital sergipana, o levantamento revela uma análise meticulosa dos custos dos 14 itens fundamentais.

Os dados coletados destacam uma oscilação notável nos preços da cesta básica em Aracaju. Os valores flutuaram entre R$ 84,34 e R$ 103,25 nos estabelecimentos analisados, estabelecendo um preço médio de R$ 91,32.

O economista e professor da Universidade Tiradentes (Unit), Josenito Oliveira, sublinha a relevância desses achados. “Aracaju mantém sua posição como a fornecedora da cesta básica mais acessível do país, liderando por vinte e seis meses consecutivos. Embora o preço tenha decrescido -1,90% em comparação ao mês anterior, passando de R$ 542,67 para R$ 532,34, quando observamos o mesmo período de 2022 e 2023, vemos um aumento de 2,63% nos preços dos alimentos”, esclarece o especialista.

Josenito enfatiza que esta variação, embora possa parecer sutil, tem implicações diretas no poder de compra dos consumidores. “A redução nos preços da cesta básica impacta positivamente o poder de compra, proporcionando uma folga maior no orçamento. Embora a diferença pareça modesta, seu efeito é palpável”, ressalta o economista.

Além dos fatores climáticos que influenciam a queda nos preços do feijão, o economista destaca um elemento internacional que impacta o mercado interno. “A diminuição nos valores da carne pode ser atribuída à pressão da China, que está pagando menos pela carne brasileira. Esse fator levou a um reajuste nos preços internos. No entanto, a demanda interna permaneceu baixa, devido aos custos elevados”, acrescenta.

Em termos econômicos, a variação de preços na cesta básica contribui para a contenção da inflação, promovendo estabilidade nos preços e, consequentemente, protegendo o poder de compra dos consumidores. Em relação a possíveis medidas para atenuar os impactos dessa variação, o economista sugere políticas públicas.

“Iniciativas como a isenção de tributos sobre a cesta básica são eficazes para reduzir os preços. Além disso, a manutenção de estoques reguladores de cereais pode assegurar o abastecimento durante os períodos de entressafra”, enfatiza.

Para os consumidores, o economista oferece uma orientação prática. “Recomendo sempre comparar preços antes da compra e considerar substituir alimentos similares em caso de elevação nos preços. Pequenas ações como essas podem fazer diferença significativa no orçamento familiar”, orienta.

Para acessar a pesquisa na íntegra e conferir todos os resultados, clique aqui.

Asscom Unit

Foto: Freepik

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