Aracaju, 27 de abril de 2024
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VICE-PRESIDENTE GERALDO ALCKMIN, DESTACA PROJETO DO SENADOR LAÉRCIO OLIVEIRA E POTENCIAL DE SERGIPE

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O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a importância do Profert (Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes) de autoria do senador Laércio Oliveira nesta segunda-feira, 4, durante o 28ª Edição do Encontro Anual da Indústria Química (ENAIQ 2023). Alckmin destacou ainda a futura produção de gás natural do estado de Sergipe. Afirmou que o estado será estratégico na proposta do atual governo de duplicar a produção de gás natural do Brasil.

“Nós temos problema de custo de gás natural e por isso destaco o Profert. O milhão de btu de gás natural é U$ 12 no Brasil, enquanto nos estados Unidos é U$ 4. Sabemos que lá a produção é mais barata também porque o gás é retirado da terra e nós temos que extrair a 5 mil m de profundidade no mar. Já houve uma queda do preço do gás natural e estamos trabalhando para essa queda ser mais forte. O Brasil tem hoje 50 milhões de m3 de produção nacional. Nós importamos hoje da Bolívia e vai entrar no ano que vem uma boa notícia: mais 15 milhões de m³ no Rio de Janeiro, Itaboraí. Mais um pouco a frente teremos entre 15 e 18 milhões da Equinor e mais a frente mais 15 milhões de m³ de Sergipe. Nós podemos dobrar nossa capacidade de produção de gás natural. E estamos trabalhando a produção de gás para a indústria. E um custo menor para setores estratégicos”, afirmou o vice-presidente.

O Profert assegura incentivos para os investimentos em projetos de implantação, ampliação ou modernização de infraestrutura para produção de fertilizantes e seus insumos. “A iniciativa foi baseada na sugestão que o Estado de Sergipe apresentou na fase de contribuições do Plano Nacional de Fertilizantes e busca diminuir a dependência externa, melhorar o ambiente de negócios e atrair investimentos para o setor. Resolver esta questão é uma necessidade estratégica para todo o Brasil, que tem no agronegócio um dos esteios da sua riqueza e das nossas exportações”, explicou Laércio.

Dentre outros pontos, o PLS 699/2023 beneficia as empresas do setor que invistam na compra de equipamentos e máquinas, na contratação de serviços e na construção de novas fábricas. Laércio justificou que apesar de alimentar cerca de 800 milhões de pessoas no mundo, o Brasil é dependente do mercado internacional e importa 85% dos fertilizantes usados para melhorar a produtividade e a qualidade da lavoura.

“O agronegócio é responsável por cerca de um quarto de nosso PIB e somos o terceiro maior produtor e exportador de alimentos do mundo. Contudo, importamos a maioria dos produtos utilizados para gerar essa formidável riqueza. Em 2021, gastamos mais de 15 bilhões de dólares importando fertilizantes”, alertou o senador sergipano.

Laércio Oliveira também defendeu o Profert para enfrentar uma possível escassez de fertilizantes no mercado mundial, além de possíveis riscos para a segurança alimentar dos brasileiros. Ele explicou que o conflito entre Rússia e Ucrânia agravou a dependência e colocou o país Brasil em uma posição delicada. A guerra acendeu o alerta vermelho para o Brasil, já que a Rússia é nosso maior fornecedor e responde por 20% do fertilizante que importamos. Em 2022, os preços chegaram a variar 125%, encarecendo brutalmente a produção, reduzindo os ganhos dos produtores e a nossa competitividade. Antes mesmo do conflito eu já tinha manifestado a preocupação aos diversos Ministérios e à própria Confederação Nacional da Agricultura”, relembrou.

Em fevereiro, o senador conversou com o vice-presidente Alckmin sobre o Profert. No dia seguinte, Alckmin anunciou a instalação do Conselho de Fertilizantes e Nutrição de Plantas. Alinhado com a opinião de Laércio, o vice-presidente também defendeu a produção de fertilizantes e a redução do preço do gás, para tornar nosso país menos dependente de importações e dar segurança ao agronegócio.

O senador ainda informou que Sergipe tem uma das maiores produções de adubos nitrogenados do Brasil e produz cloreto de potássio, o fertilizante mais importado pelo Brasil. Laércio argumentou que Sergipe tem dado a sua contribuição à ampliação da indústria nacional lembrou que o estado abriga a principal fábrica de ureia do país. Localizada no município de Laranjeiras, ela produz 650 mil toneladas de ureia por ano.

Foto assessoria

Por André Carvalho

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