Foram 12 anos esperando por um dia, sonhando em subir ao pódio em uma Olimpíada. O dia tão aguardado para Diego Hypolito chegou no domingo, 14 de agosto de 2016. A medalha conquistada no solo dos Jogos do Rio de Janeiro teve sabor de redenção para o bicampeão mundial, agora também vice-campeão olímpico. O pesadelo das quedas em Pequim 2008 e Londres 2012 enfim deram lugar a um dia de glória, desde o café da manhã na cama – cortesia do companheiro de quarto e de pódio Arthur Nory – à apoteose em uma festa na casa do Time Brasil. Houve momentos inusitados, como a necessidade de tomar sete garrafas de água para conseguir fazer o exame antidoping. Nada que fugisse muito do roteiro sonhado por Diego, ovacionado pelos brasileiros no Parque Olímpico.

A noite foi tranquila para Diego Hypolito. Nada de perder o sono com ansiedade. Era um domingo para sonhar, para quebrar a rotina acordar cedo. O café da manhã teve de ser tomado no quarto da Vila Olímpica mesmo. Nory o levou um pão com geleia. Ele não esqueceu de ligar para o pai Vágner, que até pensou em pedir a medalha de presente de Dia dos Pais, mas não quis colocar pressão no filho. Ainda teve tempo para se energizar no sol.

O Marcos (Goto, técnico) me mandou tomar um banho de sol (risos). Ele disse que eu estava muito branco. Foi tomar o banho de sol para ganhar energia. Foi muito legal – contou Diego.

Na Arena Olímpica, muita concentração até o final da série, quando a ansiedade tomou o ginasta. Seja na Arena Olímpica ou pela televisão, os brasileiros puderam acompanhar Diego ir de um lado para o outro da área de competição, roer unhas, achar que iria desmaiar, orar, e por fim chorar de alegria. A medalha veio, e ainda com dobradinha com o companheiro de quarto Arthur Nory.

– Foi o nosso quarto que deu sorte (risos). Vou mandar o Arthur Zanetti e a Flavia Saraiva dormirem lá agora – brincou o vice-campeão olímpico.

Fonte: globo.com