Representantes da Usina Campo Lindo estiveram reunidos no ultimo dia 20, com os trabalhadores da empresa que estão reclamando o atraso no pagamento dos salários e do 13º, onde ficou acertado que uma nova reunião irá acontecer no próximo dia 29, às 09 horas.
No inicio da semana, trabalhadores fecharam a entrada da usina e empunhando facões, e com os ânimos alterados, eles exigiam serem recebidos pela direção da empresa. Nesse dia, a jornalista Delmanira Brito, do Visite Dores, esteve no local e conseguiu contornar a situação, acalmando os ânimos dos trabalhadores. Com isso, uma reunião acabou acontecendo e a situação deve ser resolvida nos próximos dias.
Representantes da Usina Campo Lindo, trabalhadores e o advogado de um grupo que tem interesse em comprar a usina, estiveram reunidos no último dia 20, na sede do 10º Batalhão da Policia Militar em Nossa Senhora das Dores para discutir como será feito o pagamento dos salários atrasados e do 13º.
Na reunião, alguns trabalhadores chegaram a chorar devido a situação crítica que estão passando e vendo o desespero desses trabalhadores, um dos representantes da usina, Manoel Lima, disse que lamenta que isso esteja ocorrendo, afirmando que os outros trabalhadores (gerentes) também estavam com seus salários atrasados.
O empresário garantiu que a situação será resolvida, assim que o novo grupo fechar a compra da empresa, ou seja, a Campo Lindo será vendida e parte do dinheiro será usado para pagar as dívidas trabalhistas dos trabalhadores.
Manoel Lima pediu aos trabalhadores que participaram da reunião para que aguardassem até o próximo dia 20 de maio, já que a empresa está sendo vendida. Ele explicou que as negociações devem acontecer até o dia 15 de maio.
Com isso, ficou acertado que no dia 29 de maio irá ocorrer uma nova reunião com os trabalhadores dentro da Usina Campo Lindo, porém, essa reunião irá contar com a presença de policiais para garantir a segurança de todos, além da imprensa que poderá registrar tudo o que acontecer durante a reunião.
Propostas – Manoel Lima propôs aos trabalhadores que eles aguardassem até o dia 20 de maio, por conta da possibilidade da venda da Usina. A outra hipótese seria, caso não aconteça à venda, que os trabalhadores aguardassem que fosse comercializada a cana que é produzida na usina, e com o dinheiro arrecadado, ele quitaria todas as dívidas com os trabalhadores.
Ao final, Manoel pediu que os trabalhadores tenham um pouco de paciência e que não depredassem os bens da usina, porque ai dificultaria a venda da empresa.
O que chamou a atenção durante a manifestação que aconteceu na usina e na reunião ocorrida no 10º Batalhão foi à ausência de um representante do “Sindicato dos Assalariados e Assalariadas Rurais de Nossa Senhora das Dores´´ para defender os interesses dos trabalhadores.
À jornalista Delmanira Brito que participou da manifestação e da reunião, constatou que vários trabalhadores mostraram-se indignados que ninguém se prontificou em defendê-los, nem sindicatos e nem representantes de outras classes.
Por:  Munir Darrage

As informações são da jornalista Delmanira Brito que está acompanhando o processo de negociação
Fotos: Delmanira Brito – www.visitedores.com