Aracaju, 28 de março de 2024

“Cusparada” não é uma forma de protesto! Vai muito além do que a falta de discurso! Além de falta de educação é uma afronta à democracia!

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Em um mundo tão competitivo que vivemos é comum um oponente tentar superar o outro. Temos empresas concorrentes, profissionais autônomos, religiosos divergentes. No futebol, por exemplo, nem se fala! Quem não quer ver seu time ser campeão com frequência? Quem não quer vencer um clássico para tirar um “sarrinho” da torcida adversária? E o que dizer da política partidária? Quem nunca presenciou uma discussão acalorada entre dois militantes políticos? Sendo mais específico e trazendo para a realidade do País, quem nunca se deparou com um debate de ideias entre tucanos (coxinhas) e petistas (mortadelas)? É um debate natural onde quer que você ande.

Mas assim como no futebol, nesse debate tem que prevalecer o bom senso, o respeito a opinião contrária. Isso é democracia! Não é de bom grado ver um cidadão que vota no DEM, no PSDB ou que tenha posicionamento político mais para a “Direta”, agredindo um militante petista ou comunista, pelo simples fato dele trabalhar ou defender aquela legenda, aquele conceito, por se posicionar com a “Esquerda”. Do mesmo modo, Politizando repugna qualquer comportamento preconceituoso e mal educado de simpatizantes do PT e outros partidos contra aqueles cidadãos, pobres ou com excelente condição financeira, que optam por votar e defender gestões democratas e liberais.

Se os “coxinhas” dão mau exemplo quando ficam achincalhando petistas e seus correligionários, os “mortadelas” fazem pior quando tentam reprimir e recriminar os movimentos democráticos contra os governos do Partido dos Trabalhadores. Desde quando se iniciou a tramitação da denúncia que pode resultar no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que já passou pela Câmara dos Deputados, e que tramita no Senado Federal, os confrontos se intensificaram. Nas ruas, felizmente, o que nós vemos são apenas casos isolados, por enquanto. Mas nas redes sociais chega a ser enfadonho o debate em alguns momentos. A discordância é relevante. Mas é comum um diálogo que deveria ser ameno, partir para as agressões, para a baixaria.

Se o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC/RJ) comete lá seus excessos, diga-se passagem, a militância petista e comunista só falta enlouquecer. Partem logo para agredi-lo, para tentar desqualificar seu discurso. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, por exemplo, decidiu ir para as portas alheias, para reprimir ou até oprimir aqueles parlamentares que têm posição democrática e constitucional contrária à presidente Dilma. Se as vezes o discurso de Bolsonaro ultrapassa o bom senso, o que dizer de uma “cusparada” contra a pessoa que pensa diferente de você? Não se trata de uma agressão do mesmo jeito? Se o discurso do deputado é “preconceituoso”, uma “cusparada” em que se opõe ao seu pensamento também não é?

“Cusparada” não é uma forma de protesto! Vai muito além do que a falta de discurso! Além de falta de educação é uma afronta à democracia! Politizando tem posição formada e repudia com veemência as “cusparadas” do deputado federal (pasmem) Jean Wyllys (PSOL/RJ) – no próprio Bolsonaro, dentro do plenário da Câmara, e do ator José de Abreu, que cuspiu em um casal dentro de um restaurante movimentado de São Paulo. Se houve provocação do deputado do PSC, que Jean rebatesse no diálogo, que respondesse a Bolsonaro da tribuna ou com alguma ação. O mesmo vale para José de Abreu. Sentiu-se agredido pelo casal, reúna testemunhas e processe. Agora, por mais ofensivas que sejam as palavras, não há nada mais doloroso e repugnante que uma “cusparada”. Talvez seja a falta de argumentação. Talvez…

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

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