Aracaju, 20 de abril de 2024
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Seríamos nós os zumbisapp’s, escreve Lacerda Junior (Foto: divulgação)

zumbiandroid

*Lacerda Junior

Em 2013 uma imagem desenvolvida por Jack Larson descoberta em aparelhos que possuíam o sistema operacional Android (versão 2.3) causou uma série de discussões. A imagem mostrava o robô símbolo do Android rodeado de zumbis falando ao telefone.

Diversas críticas foram tecidas ao Android, inclusive que o mesmo fazia parte de um plano diabólico pra conquistar a mente de quem utilizasse os aparelhos equipados com o sistema operacional.

Sem entrar no mérito de qual seria a intenção de Jack Larson ou mesmo do Android ao incluir a imagem no S.O, não podemos negar que a plataforma se configurou no trampolim para a popularização do smartphones e dos aplicativos que facilitam a resolução dos problemas cotidianos.

São aplicativos de acesso a contas bancárias que possibilitam uma gama de transações, redes sociais, informações em tempo real através da internet, sistema GPS, etc.

O sucesso do Android fez com que seus concorrentes modernizassem seus sistemas operacionais, a fim de garantir que os mesmos não fossem lançados ao ostracismo. Hoje temos Android, IOS e windowsphone, todos preparados para garantir o acesso ao máximo de aplicativos possíveis.

Todo esse avanço tecnológico fez com que as pessoas ficassem cada vez mais dependentes de seus smartphones, principalmente com o advento dos aplicativos de mensagens instantâneas, com especial destaque ao whatsapp.

Ao andarmos pelas ruas vemos pessoas que atravessam distraídos por estarem consultando a tela de seus telefones, motoristas que dirigem e dividem as mãos entre o volante e o teclado do smartphones, grupos de jovens em um mesmo lugar onde não se ouve nenhum barulho a não ser o timbre das teclas que são acionadas.

Por esses dias peguei um táxi e o motorista dirigia com o telefone sobre a perna, onde ele dividia a atenção entre a pista e a mensagem que chegava, e quando parava no semáforo era sessão desespero, hora de extravasar a curta abstinência.

Outro exemplo da dependência das pessoas a essas tecnologias é a celeuma que gerou a decisão de um juiz sergipano em suspender o funcionamento do aplicativo de mensagem instantânea para investigar crimes ocorridos em sua jurisdição, a população a nível nacional preferia que as investigações fossem prejudicadas em detrimento da não suspenção do aplicativo.

Feitos os comentários podemos nos perguntar:

Seríamos nós os zumbisapp’s desenhados por Jack Larson?

*Lacerda Junior –   Jornalista, professor e escritor da área de educação e segurança para o trânsito

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