Aracaju, 19 de abril de 2024
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Espaço Zé Peixe completa um ano de fundação (Foto: Pritty Reis)

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Com vista para o Rio Sergipe, o local oferece serviços, cultura, história e gastronomia sergipana

Local de convivência, integração e muita história, o Espaço Zé Peixe, que homenageia o ícone sergipano José Martins Ribeiro Nunes, conhecido como Zé Peixe, completou um ano de fundação nesta quinta, 19 de maio. Revitalizado pelo Governo do Sergipe, através da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), o local já foi frequentado por mais de duas mil pessoas no seu primeiro ano de vida.

O apelido do homenageado surgiu da sua relação com as águas sergipanas e da contribuição que deu à Capitania dos Portos de Sergipe, após ser admitido na Marinha como ‘prático’ – profissional que recebe navios em alto mar, os guia até o porto e, na saída, conduz até onde possam seguir com segurança. Por isso, não poderia ser mais visível a sua relação com o espaço, que se encontrava há anos sem uso e foi recuperada pelo Governo de Sergipe, fazendo pulsar a tradição do Antigo Terminal Hidroviário que ali funcionava, no coração do Centro da Capital.

Hoje, o Espaço oferece serviços diversificados. Entre eles, uma unidade do Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT), Ponto Banese, lojinhas de artesanato, de doces caseiros da terra e o Café do Zé. Em construção histórica, o Memorial Zé Peixe mostra a trajetória de vida do emblemático aracajuano, através da exposição de painéis do artista plástico Elias Santos, além de um busto de bronze do homenageado, peças e fotografias. Há, ainda, o Tototó Restaurante, que tem vista para o Rio Sergipe e acessibilidade garantida para pessoas com deficiência.

Angélica Torres é sergipana, mas mora há alguns anos no Espírito Santo. Na primeira vez em que visitou o Espaço, ela ressaltou a importância de visitar locais que relembram a infância. “Minha terra é maravilhosa. Sempre que posso, venho. É muito interessante o trabalho feito para revitalizar os espaços culturais, principalmente para estimular crianças e jovens, que hoje estão muito envolvidos com o meio digital. É uma iniciativa que faz com que a cultura esteja presente em nossas vidas, proporcionando mais conhecimento sobre a nossa cidade”, relata a visitante.

Para a administradora da loja de doces caseiros, Carminha Bezerra, trabalhar no Espaço Zé Peixe é uma satisfação, sobretudo pelo ambiente com vista para o rio e a gratidão dos fregueses que apreciam os doces tradicionais sergipanos. “Os doces vêm, principalmente, dos municípios de Areia Branca e Itabaiana. O de batata, de leite e de caju-ameixa são os mais procurados, com destaque para o caju-ameixa, que é ‘cinco estrelas’. Ainda temos clientes fixos, que fazem encomendas”, conta Carminha.

Para Paulo Aragão, diretor do Espaço Zé Peixe, o local fortalece o turismo e a convivência na capital. “O Espaço traz alegria para o povo sergipano. Todos que chegam aqui relembram essa figura que foi Zé Peixe. Dos visitantes estrangeiros, o que mais me chamou atenção foi um casal de alemães que simpatizaram muito com ele. Vieram aqui e manifestaram a importância dele para a história do Estado. Esse espaço tem acrescentado bastante na educação dos alunos da rede pública e particular no Estado”.

Servidora do Estado há 32 anos, Sueli Ribeiro está Lotada no NAT do Zé Peixe há um ano, e conta que o fluxo de usuários do local é variável. “Às vezes é tranquilo, mas tem dias que a gente atende mais de 100 pessoas, entre os serviços de seguro-desemprego e cadastro. Mas, quando a gente trabalha com o que gosta de fazer, se dedicando com amor e carinho, é sempre maravilhoso. Ainda mais com essa vista”, observa.

Texto: Míriam Donald

Edição: Rebecca Melo

Foto: Pritty Reis

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