Aracaju, 29 de março de 2024

Greve na saúde de Aracaju luta por valorização, contra sucateamento (Foto ascom)

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greve saude aracaju

por: Iracema Corso

“Sucatear e privatizar a saúde, este é o projeto em curso do prefeito João Alves e sua equipe”. Com estas palavras a dirigente da CUT, do SINDASSE e trabalhadora da Saúde do município de Aracaju, Márcia Martins, avalia a postura da Prefeitura de Aracaju perante os trabalhadores da saúde. Além dos atrasos constantes no pagamento dos salários, apenas estes trabalhadores não tiveram qualquer anúncio de reajuste salarial em 2016. Sem avanço no diálogo, a paralisação e protesto realizado na manhã da última terça-feira, 31/05, ganha força de greve geral por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira, dia 1° de junho.

Márcia Martins explicou que só recebeu o salário de dezembro no dia 22 de janeiro e os atrasos no pagamento do salário dos trabalhadores da saúde é apenas uma entre as várias ações da Prefeitura que retratam o descaso absoluto e sucateamento da saúde. “Todos sabem que faltam medicamentos básicos, mas além disso agora também falta atadura, bloco de receituário, papel para imprimir atestado,  falta cadeira, mesa, caneta e até água. Por falta de planejamento faltou até vacina contra o vírus influenza para os grupos prioritários… Acredito que isso parte da estratégia de quanto pior, melhor. E o objetivo disso é a privatização da saúde em Aracaju. Já estamos vendo isso acontecendo de forma gritante no CAPS da Atalaia Davi Capistrano. Recorremos ao Ministério Público, aos deputados estaduais, mas até agora o que sabemos é que a ONG contratada pela prefeitura para fazer o serviço público já está selecionando trabalhadores.

Maísa Aguiar, dirigente do SINDASSE, também denunciou que há 6 anos a Prefeitura de Aracaju descumpre a lei da jornada de 30 horas dos assistentes sociais, que desde sua promulgação é cumprida pelo Governo do Estado. “Descaso e desrespeito aos direitos dos trabalhadores da saúde marcam esta gestão da Prefeitura que prejudica os assistentes sociais negando este direito conquistado. Os trabalhadores da saúde são tratados de forma diferenciada dos demais, com atraso constante no salário e arrocho salarial. Queremos saber por que? E vamos mostrar nossa força com esta greve”.

Junto ao SINDASSE, mais 12 categorias de trabalhadores da saúde protestaram na porta da Prefeitura de Aracaju na manhã da última terça-feira. Dirigente do Sindicato dos Psicólogos (SINPSI), Inês Santana também critica a falta de transparência da Prefeitura, pois as informações disponibilizadas não garantem que a população acompanhe a aplicação dos recursos pela administração municipal. “Em Aracaju temos 45 psicólogos sem reajuste salarial e, como os demais profissionais, estamos lutando pela valorização do trabalhador e contra a privatização da saúde. Com certeza a população é prejudicada pelo sucateamento da saúde e será atingida de forma cruel com o avanço da privatização. Vamos apelar para os usuários e familiares do CAPS para fortalecer esta luta contra a privatização do CAPS, é uma luta que ainda não terminou”.

Na manhã desta quarta-feira, às 9h, os 12 sindicatos da saúde se reúnem no auditório do Sindicato dos Bancários para uma assembleia conjunta de avaliação do movimento de greve.

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