Aracaju, 26 de abril de 2024
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CANINDÉ ESTÁ HOJE EM ESTADO DE CALAMIDADE FINANCEIRA

Segundo o jornalista Luis Eduardo Costa, em artigo publicado nesta quarta-feira (12), no Jornal da Cidade, “em dois anos a receita de Canindé do São Francisco [município do alto sertão de Sergipe e onde está instalada a hidroelétrica de Xingó] que beirava aos R$ 12 milhões mensais, despencou para algo em torno de R$ 6 milhões. A folha de pessoal, alargada nos tempos das ‘vacas gordas’, supera os R$ 4 milhões”.

Diante desse quadro, exposto por Luis Eduardo Costa, Canindé do São Francisco está hoje em situação de “calamidade financeira”. O prefeito da cidade, Heleno Silva (PRB), está muito preocupado e revelou, nesta quarta-feira (12), que o “município vai ter que escolher entre pagar a folha aos servidores ou manter os serviços básicos à população”.

Segundo Heleno Silva, o transporte escolar está parado, a limpeza da cidade não estar sendo feita, e o “abastecimento de água parado em meio à maior seca da história”. Diz, ainda, que até o hospital público pode fechar os serviços de urgência e culpa a Secretaria da Saúde do Estado de não repassar recursos há 4 anos: “uma dívida de mais de R$ 6 milhões”.

Heleno Silva culpa a queda na arrecadação, que não dá para “manter a emergência do hospital funcionando e pagar o salário do pessoal”. Prevê que a arrecadação vai cair ainda mais e que o prefeito eleito, Orlandinho Andrade (PSD), enfrentará uma crise sem precedente. Admite que o “grande problema é a folha de pagamento do servidor”.

– Temos a maior folha per capita do país, disse o prefeito.

O queda do ICMS foi o problema mais grave de Canindé do São Francisco, que levou o município a essa situação de emergência. Heleno Silva explica que a arrecadação, há três anos era de R$ 10,5 milhões e caiu para R$ 6.8 milhões, o que provocou uma perda de mais de R$ 3 milhões por mês, além disso, o município também perdeu royalties sobre a água da adutora, no valor de R$ 800 mil por mês.

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