Aracaju, 23 de abril de 2024
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Tendência “à direita” só beneficia Bolsonaro para 2018!

A cada eleição nós temos consolidada uma certeza: é muito difícil compreender a cabeça do eleitor. Um parâmetro para qualquer sociedade neste sentido sempre foram as pesquisas eleitorais. Elas podiam não precisar o resultado de um pleito, mas davam determinado direcionamento para que os eleitos indecisos definissem em quem votar. As pesquisas foram criadas com o objetivo de traçar uma realidade momentânea, dentro de um determinado universos de pessoas quem forem entrevistadas. O problema é que muita gente percebeu que poderia ganhar dinheiro com este trabalho e, como tudo no Brasil, alguns levantamentos se banalizaram e perderam a credibilidade.

Após uma sequência de equívocos nos levantamentos apresentados quando constatada a realidade das urnas, uma parte significante do eleitorado passou a desconsiderar ou não levar a sério os números de institutos de pesquisas no Brasil, independente de qual ele venha a ser. Muita gente ainda acompanha, é verdade, sem contar que eles ainda servem de tendência para uma parcela do eleitorado. Mas não pelos resultados equivocados, e muito pela relação com partidos e políticos, alguns institutos caíram em profundo descrédito. Em Aracaju, por exemplo, na última eleição, dois casos inusitados geraram profunda desconfiança nas pesquisas divulgadas.

No 1º turno, quase todos os Institutos apontavam liderança folgada do prefeito eleito Edvaldo Nogueira (PCdoB). Urnas abertas, uma diferença estúpida em relação a Valadares Filho (PSB) culminou com um surpreendente empate técnico. Por sua vez, já no 2º turno, TODAS as pesquisas confirmavam a liderança e a vitória do candidato do PSB na capital, inclusive a poucos dias da eleição. Resultado? Vitória do candidato do PCdoB. Está claro, pelo menos, que as pesquisas já não influenciam tanto o voto do eleitor, que ele se move por outros fatores, por outros números. A cabeça do eleitorado está mudando. Inclusive as suas escolhas.

Mas há em toda a América Latina, nos últimos anos, uma tendência “pró-Direita”, que parece caminhar a passos largos por aqui no Brasil. Há um desgaste muito grande da população com governos de esquerda e de centro. Para 2018, por exemplo, evidencia-se a cada investigação da Operação Lava Jato o quanto danoso foi o “Império Petista”, orquestrado pelo ex-presidente Lula, que mesmo fora do Poder, seguiu “dando as cartas” na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Registre-se também danos marcantes também nas gestões do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Uma parcela grande da sociedade está demonstrando “cansaço” com a disputa entre “mortadelas” e “coxinhas”, ou seja, há um descrédito geral com os governos do PT e do PSDB. Pela esquerda, por exemplo, muito se fala em Lula, mas muitos preveem sua prisão para meados de 2017. O “plano “B” seria Ciro Gomes (PDT), que também carrega profunda rejeição. Os tucanos foram bem em 2014, mas a imagem de Aécio Neves (PSDB) está profundamente arranhada e desgastada, e a figura de José Serra (PSDB) não é nada popular. Resta o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) que é um tucano com “bico à direita”, mas que gera profundas incertezas. Marina Silva (REDE), dissidente do PT, também não emplaca com seu discurso esquerdista.

Temos uma Argentina com Mauricio Macri; uma Venezuela com a “ditadura de Maduro” profundamente desgastada; um Paraguai governado pela direita e movimentos em profunda ascensão na Bolívia, Peru, Uruguai e Chile. Como se não bastasse, a recente vitória do bilionário Donald Trump nos Estados Unidos e a virtual vitória da extrema-direita na França sinalizam para o surgimento de uma Nova Ordem Mundial. Com o esgotamento das políticas de esquerda, com as ditaduras de Hugo Chavez e Fidel Castro em decadência, e diante de um Governo de centro de Michel Temer (PMDB) que não “emplaca”, ainda é muito cedo, mas a tendência “à direita” por aí afora só beneficia uma pré-candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC/RJ) para a presidência da República em 2018. Ao menos, esta possibilidade já esteve muito mais distante…

Veja essa!

Bolsonaro tem se mostrado um político de posições fortes contra qualquer tipo de ideal socialista e que mantém um discurso totalitário, o que assusta as minorias, mas que pode reverter em seu favor a luta que mantém contra à impunidade no Brasil.

E essa!

Nas pesquisas para consumo interno, Bolsonaro fica sempre próximo dos 10% do eleitorado pesquisado. O índice ainda é bem abaixo do necessário para disputar e ganhar a eleição, mas já está além daqueles que só figuram a cada quatro anos.

Ponto forte

Além da tendência “à direita”, outro aspecto pode favorecer muito Bolsonaro: o brasileiro anda revoltado com a impunidade e, principalmente, com a sensação de insegurança. O pré-candidato, ainda do PSC, é um defensor ferrenho da liberdade de defesa do cidadão, proposta que é bem quista por uma parcela considerável da população descrente com os órgãos e institutos de segurança.

Ponto fraco

Em um País onde reina a “hipocrisia”, nem sempre posições fortes como as de Bolsonaro são bem digeridas. Setores da imprensa brasileira e dos Movimentos Sociais serão os primeiros a montar campanhas contra seu projeto. Isso pode influenciar outros segmentos e outros setores a não apostarem nele como candidato a presidente.

Michel Temer

Um grande político de “bastidores” pela capacidade de articulação, Michel Temer ainda não conseguiu despontar como um grande gestor público. É evidente que ele assumiu o comando de um governo problemático. Ele até fazia parte da gestão, mas não tinha espaço para gerir. E até agora não disse muito a que veio.

Justiça

Por uma questão de Justiça, Michel Temer não é um político populista como foi Lula e nem se submete a tudo como fez Dilma Rousseff. Setores da esquerda no Brasil trabalham abertamente para prejudica-lo e inviabilizar sua gestão. E ele não encontra alternativas para superar tantas adversidades.

Equipe

Sem contar que a equipe de auxiliares escolhida por Temer não é das melhores. Muitos ministros já saíram da gestão “tampão” por indícios de irregularidades cometidas no passado ou por erros grosseiros a serem desenvolvidos já agora. Ao menos, ele tem dado respostas rápidas e tem efetivado algumas saídas com a rapidez necessária.

Sem apoio

Apesar de ter sido votado na chapa com Dilma Rousseff, Temer não conta também com o apoio popular. Nas ruas ou ele é odiado ou é visto apenas como uma interrogação ou ainda com expectativa, uma boa promessa. Ele não se consolidou ainda. Ao menos, o discurso de que não vai disputar a reeleição já garante o mínimo de estabilidade.

PMDB

Outro grande problema para Temer também é seu partido. Figuras “ilustres” do PMDB estão atrás das grades, como Eduardo Cunha e Sérgio Cabral; outros como Eduardo Paes, Fernando Pezão e Renan Calheiros estão sob forte suspeição. Sem contar que outros “caciques” espalhados pelo Brasil afora…

PT

O partido já entendeu a necessidade de se “reinventar”, mas dificilmente conseguirá retomar sua credibilidade nacional enquanto Lula estiver “dando as cartas”. Era preciso entregar a legenda a um nome que unificasse a legenda no País. Lula já percebeu e segue interferindo. Agora quer inserir Dilma direção do partido.

Lula

O ex-presidente é ainda, dos possíveis candidatos à presidência da República, o mais popular. Carrega consigo a ampliação de programas populares desenvolvidos pelo governo do PSDB. E este mérito ninguém tira dele. Mas perdeu o “status” de vítima para a grande maioria dos brasileiros. Muitos, inclusive, defendem sua prisão como punição pelos crimes supostamente praticados.

Alckmin

Depois de vencer a “queda de braço” dentro do PSDB com Aécio Neves e de eleger João Dória (PSDB) prefeito de São Paulo no 1º turno, Geraldo Alckmin desponta como principal nome tucano para 2018, mas com a mesma dificuldade de 2006: poderá ter problemas em regiões bem populares como o Nordeste e o Norte do País.

Ciro Gomes

É o “plano B” de Lula e trabalha abertamente para que este projeto se consolide. Tem vigor para qualquer debate ou enfrentamento, mas carrega consigo uma arrogância que incomoda e o histórico de ter sido o “pai” de um dos maiores projetos de infraestrutura do País que pode sepultar o Velho Chico: a transposição de parte das águas do rio São Francisco.

Marina Silva

Talvez ela não dispute mais uma eleição presidencial. Sua postura não agrada uma parcela considerável do eleitorado que ainda a tem com a imagem vinculada ao PT. Sem contar que seu partido, crítico ferrenho de Dilma Rousseff na campanha de 2014, votou contra o impeachment e a favor da continuidade do governo petista. Muita contradição…

Álvaro Dias

Tem grande crédito na política nacional. Tem o respeito de vários segmentos, mas está filiado ao PV. Após nunca ter tido o espaço necessário dentro do PSDB, apostou na “onda verde”, por uma questão de coerência e princípios, diga-se de passagem, mas precisa mais do que isso para chegar à presidência da República: apoios e votos.

Outros

Nomes como Luciana Genro (PSOL) e Ronaldo Caiado (DEM) sempre são citados, mas não possuem dimensão eleitoral capaz de aglutinar forças em torno de seus nomes para disputar uma presidência da República.

Sergipe

Ainda repercute muito a declaração do governador Jackson Barreto (PMDB) de que poderá disputar o Senado em 2018. Há quem pense que ele não mandou um “recado” para a oposição, mas para alguns aliados que estão se “estranhando” e lhe “importunam” reivindicando seu apoio nas próximas eleições.

Meu pirão primeiro

O vereador Anderson Góis (PRB) “tomou as dores” do deputado federal Jony Marcos (PRB) e criticou o senador Valadares (PSB) pelo remanejamento de recursos da emenda da Infraero para o Hospital do Câncer, que ficará em Aracaju. Queria que retirasse recursos do Baixo São Francisco. Quando a farinha é pouca, amigo…

Tiro no pé?

A pergunta que não quer calar: Jony Marcos e Anderson Gois estão questionando o dinheiro conquistado junto ao governo federal para a construção do Hospital do Câncer. Será que foi apenas Valadares quem ficou favorável com o remanejamento? Ou será que outros aliados do governador Jackson Barreto não aprovaram a medida?

Confusão

O interessante é que o próprio Jony Marcos já se declarou a favor da construção do Hospital do Câncer. Só questionou o fato de não ter assinado a ata para que fosse feito o remanejamento. Será que isso não foi dito ao vereador Anderson Góis?

Como assim?

A procuradora Eunice Dantas do MPF tem se esforçado muito no combate a corrupção em Sergipe. Mas ela deu uma declaração polêmica à TV Sergipe de que os deputados federais que reprovaram algumas medidas de combate à corrupção propostas pelo MPF. “Eles (deputados) fizeram isso para salvar seus próprios pescoços!”. E foi, procuradora?

Criminalistas

Os deputados estaduais Luciano Bispo (PMDB) e Venâncio Fonseca (PP) são os autores do projeto que estabelece o dia 2 de dezembro como o “Dia Estadual do Criminalista” em Sergipe. A medida foi anunciada durante sessão histórica e festiva na Assembleia Legislativa.

Adepol

Em assembleia extraordinária nessa sexta-feira (2), os Delegados de Polícia decidiram, por unanimidade, suspender todas as medidas aprovadas na assembleia anterior. O retorno à normalidade foi aprovado após a categoria avaliar positivamente o encontro com o vice-governador Belivaldo Chagas, que, na ocasião, reiterou o compromisso do Governo em analisar as propostas encaminhadas pela Adepol bem como envidar esforços para retirar os presos custodiados nas delegacias.

Nota

“Por compreender a gravidade do momento por que passa a Segurança Pública no Estado e por acreditar na força do diálogo e no empenho dos homens públicos em resolver satisfatoriamente os problemas que afetam a administração pública e seus servidores, a Adepol reitera sua confiança no Governo do Estado e aguarda uma resposta que atenda aos anseios da categoria”, pontuou em nota.

Evando Franca

Segue a todo vapor a busca pela presidência da Câmara Municipal de Aracaju. O vereador Evando Franca (PSD), eleito em seu sétimo mandato, acredita ter as credenciais para ser no novo comandante da CMA e suceder o também vereador eleito Vinícius Porto (DEM) no comando da Casa.

Consenso

Evando quer ser o consenso e já tem conversado com os vereadores e com prefeito eleito Edvaldo Nogueira (PCdoB). É uma conjectura onde pode acontecer de tudo, inclusive nada! Mas hoje é o franco favorito para ser eleito o presidente do Poder.

Investimento

“Sergipe foi o Estado que melhor nos acolheu, entre os 11 que visitamos, e por isso vamos abrir aqui nossa primeira fábrica no Nordeste”. A declaração é do empresário Adriano Honaiser, sócio proprietário da HDA Iluminação LED que em 2017 vai iniciar as obras da primeira unidade industrial fora de sua cidade natal, Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. Ele visitou o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Chico Dantas.

Nova indústria

Quando conversaram sobre a HDA do Nordeste Indústria e Comércio de Componentes Eletrônicos, já aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI) e que será implantada na Colônia Treze, no município de Lagarto. De acordo com Adriano Honaiser, serão investidos mais de R$ 5 milhões na nova indústria que vai atender todo o país e também fará a exportação dos produtos.

Parceira

O presidente da Asese (Associação dos Servidores do Estado de Sergipe), Iraldir Silva, se reuniu com os representantes da CENTURY Imobiliária, Cláudio Cardoso e Kléber Maynard, para viabilizar uma parceria em relação ao empreendimento “VIDA NOVA” que será construído pela construtora J. Nunes, Na nova Av.  Lauro Porto, que fica no Povoado Sobrado, em Nossa Senhora do Socorro. “O funcionário público que sempre sonhou em comprar sua casa própria, agora esse sonho pode se tornar realidade”, destaca.

Iraldir Silva

“A nossa associação (ASESE) conseguiu através dessa parceria diminuir o valor da entrada do imóvel, sendo que a análise de crédito, será feita pela Caixa Econômica Federal e o prazo de financiamento será em média de 30 anos. O valor financiado será de R$ 95 mil.  São apartamentos com 2/4, sala de estar, cozinha, área de serviço, banheiro e garagem”, explicou o presidente da entidade. Maiores informações na sede da entidade.

“Bananaço”

Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE) realizaram um “Bananaço”, no Calçadão da João Pessoa, no Centro de Aracaju. O objetivo foi expor à população benefícios de juízes e cargos em comissão no Poder Judiciário Estadual. A intervenção faz parte da campanha salarial dos servidores do tribunal que tem como mote “No TJSE é assim: Benefícios para os Juízes e as Sobras para os Trabalhadores”.

Sindijus

“Os servidores públicos de Sergipe, inclusive nós do Judiciário, amargam perdas salariais e não têm direito nem ao cumprimento do que está na lei. Mas essa realidade não é a mesma para todos. Para juízes parece que não existe crise, porque os pagamentos continuam fartos e muitos chegam até a ganhar mais do que o teto permitido na lei”, critica o coordenador de Relações Institucionais do Sindijus, Plínio Pugliesi.

“Mamatômetro”

“Com um grande telão colocado no calçadão, já conhecido como ‘Mamatômetro’, o Sindijus expôs alguns dos gastos do TJSE que os servidores desaprovam. Contracheques que ultrapassam R$ 100 mil por mês, gastos de R$ 7 milhões com auxílio moradia, R$ 499 mil com auxílio alimentação retroativo e R$ 18 milhões com Parcela Autônoma de Equivalência são alguns dos valores gastos pelo TJSE com juízes somente neste ano”, denuncia o sindicato.

Marketing político

A Agenzia Pubblica de Comunicação Política, o Cinform e o Instituto Dataform realizam no dia 13, das 8h às 12h, no auditório do jornal, o Workshop de Marketing Político Pós-eleitoral. Um evento voltado para jornalistas, radialistas, publicitários, relações públicas, assessores, consultores, estudantes e os agentes políticos, com ou sem mandado.  Com o tema “As 5 Leis Universais do Marketing Político”, o Workshop terá como uns dos palestrantes o publicitário e especialista em marketing político e eleitoral, Edilson Granelli, e o radialista e diretor de comunicação da Assembleia Legislativa, Marcos Aurélio.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

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