Aracaju, 25 de abril de 2024
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Terminal Pesqueiro fomentará piscicultura em Aracaju (Foto André Moreira)

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São investidos R$ 14 milhões na construção e aquisição de equipamentos do espaço, que irá beneficiar mais de 12 mil pescadores de 27 colônias. Cehop afirma que mais da metade do valor destinado ao empreendimento já foi aplicado e que a entrega deve ser feita sem atrasos

Com o investimento total de R$ 14 milhões, entre construção e aquisição de equipamentos, o novo Terminal Pesqueiro de Aracaju continua com as obras em avanço. De acordo com o diretor técnico da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop), Howard Lima, o ritmo é bom, apesar das adversidades. A perspectiva é que a obra seja entregue no primeiro semestre de 2017.

“A obra segue dentro da normalidade, mesmo havendo alguns com atrasos nos repasses do Governo Federal. Mas, tecnicamente, não temos problemas. Ela está sendo executada conforme o projeto e, se permanecermos assim, o Terminal Pesqueiro será inaugurado no tempo previsto”, observa o diretor.

Depois de construído, o terminal possibilitará que mais de 12 mil pescadores de 27 colônias sergipanas tenham um ponto de comercialização de peixes e frutos do mar, além de oferecer aos consumidores o acesso a alimentos conservados em espaços limpos e refrigerados. Para o comerciante Osmar Augusto dos Santos, a esperança de dias melhores é presente em todos que dependem da pesca para sobreviver.

“Vivo aqui, na beira do cais, e dependo da pesca há mais de 20 anos. Assim como eu, todos esperam melhorar de vida com essa obra, pois precisamos de muitas coisas que aqui (onde atualmente o pescado recebe tratamento) não existe. Precisamos de uma estrutura maior, com mais higiene, que seja bom pra gente trabalhar. Dá pra ver que a obra está bem adiantada, e quanto mais ela avança, mais a gente cria expectativas”, relata Osmar.

Relatório

Na última terça-feira, 06, a Cehop emitiu um relatório que detalha o andamento da obra. Segundo o documento, falta pouco para a estrutura prédio principal ser concluído, estando as fundações e a laje de piso 100% construídas, 98% dos pilares prontos e 80% da estrutura metálica e da alvenaria de blocos terminadas.

A parte referente ao cais, de acordo com o balanço emitido, tem as estacas, a estrutura de concreto e a bacia de contenção finalizadas. “O novo cais tem de 80 metros, e em 10 metros de cada lado existe um assoalho cimentado, com mais de 200 estacas metálicas, de concreto e mistas, que servem exatamente para suportar a agressividade do sal. Também temos estacas cruzadas, o que proporcionará uma sustentabilidade maior em relação ao movimento das marés”, detalha Howard.

“Nessa obra, a Cehop tem um convênio com a secretaria de Agricultura. A verba vem dela e nós ficamos responsáveis por fiscalizar a construção, através do nosso quadro técnico. Por isso, mensalmente, mandamos um relatório completo para os órgãos. Esse acompanhamento regular é muito importante para controlarmos o avanço de todo processo”, complementa o diretor técnico.

No total, são 1.256 m² de área, sendo 632 m² para o cais de atracação. O espaço moderno está sendo erguido na Avenida Otoniel Dórea e conta com recursos provenientes do Governo Federal.

Melhorias

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Esmeraldo Leal, a finalização desse complexo trará benefícios para múltiplas áreas, a exemplo da economia e do turismo.

“O terminal pesqueiro vai trazer ainda mais desenvolvimento para várias comunidades de pescadores de Sergipe. Mas, além disso, ele se tornará um ponto estratégico para o estado no sentido turístico e no sentido produtivo. Essa obra é extremamente importante, pois ela dialoga com a cidade de Aracaju, servindo de base de comercialização de produtos vindos do mar e dos rios do estado”, destaca.

Ainda segundo o secretário, ela também transformará a piscicultura local. “Apesar da nossa produção de pescado ser muito grande, ainda carecemos de um ambiente apropriado, que dê vazão a esses produtos de forma efetiva e dentro dos padrões de qualidade. É justamente isso que buscamos concretizar com a construção desse espaço”, observa.

Já para o diretor técnico da Cehop, outro ponto positivo que essa obra trará é a qualidade de vida para todas as pessoas que farão uso dela, pois toda estrutura foi pensada para manter os alimentos e um ambiente limpos e saudáveis.

“Teremos um terminal onde todo pescado que chegar será tratado ou congelado. Para isso, serão implementadas uma fábrica de gelo e uma câmara frigorífica, que ajudarão a acondicionar e distribuir os alimentos de uma maneira muito mais higiênica e saudável. Como consequência, as perdas também irão diminuir e, dessa forma, o lucros dos pescadores, dos distribuidores e dos vendedores vai aumentar. Sem falar na capacidade aumentada do cais, que vai aumentar muito a quantidade máxima de barcos atracados. Ou seja, temos tudo para conseguir promover ainda mais o consumo de peixes e frutos do mar, o que, convenhamos, é uma cultura muito mais saudável, além de bastante benéfica para a economia local”, explica Howard Lima.

ASN

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