Aracaju, 1 de maio de 2024
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Coronel diz que “comando da PM mente para a sociedade e para o governador”

Um suposto desvio de combustíveis da Polícia Militar de Sergipe pode ter causado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Um documento sobre um Inquérito Policial Militar (IPM) que foi datado do dia 11 de dezembro de 2017, aponta para possíveis desvios de combustíveis da frota da PM através de Cartões da Rede Vale Card.

Nesta quarta-feira (24), a Secretaria de Segurança Pública do Estado  de Sergipe e o comando da Polícia militar emitiram nota pública informando que o caso está sendo investigado.

Após a denuncia de que poderia haver um suposto esquema para fraudar abastecimento de gasolina em viaturas da Polícia Militar do Estado de Sergipe, o promotor de Justiça Militar, responsável pela Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial da Comarca de Aracaju, Dr. João Rodrigues Neto, afirmou que tem conhecimento da situação e que irá instaurar inquérito para apurar a denuncia.

No inicio da manhã, o coronel Bené de Oliveira Gravatá disse que não iria falar sobre o assunto, mas terminou por conceder entrevista ao radialista Gilmar Carvalho e foi duro nas declarações quando se referiu ao comandante. Gravatá afirmou que “o comandante é um mau caráter”.

Ainda segundo o coronel, na corporação há um primo do comandante que seria considerado o “general da polícia militar” e que seria quem “mandava na PM”.

O coronel já havia afirmando em entrevista a Douglas Magalhães  que “o comando está mentindo para a população e para o governo”, disse o coronel ao se referir ao procedimento realizado pela Corregedoria sobre o suposto desvio de combustíveis da corporação.

Ainda durante a entrevista, Gravatá afirmou que o tenente-coronel Edenison, que seria primo do comandante, e chefe da PM4  é o responsável pelo controle do abastecimento das viaturas da Polícia Militar. “O tenente-coronel Edenison é um doa que  manda da PM hoje. É o braço direito dele. Quem comanda a PM hoje? é Marcony, o tenente-coronel Vivaldi da CPC e que é um tenente-coronel moderno”, afirmou.

Ao ser questionado se tinha medo de perder a vida por conta dessas denúncias, o coronal Gravatá disse que “não tenho medo porque estou com Deus, mas se acontecer alguma coisa comigo ai já sabe quem é”, disso o coronel afirmando ainda que não irá pedir proteção à SSP.

Até o momento o comando geral ainda não se pronunciou sobre as acusações feitas pelo coronel Gravatá.

Munir Darrage

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