Aracaju, 23 de abril de 2024
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Prefeitura alerta para os cuidados com as doenças no período de chuvas

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Devido às fortes chuvas na capital sergipana, a Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), alerta sobre os cuidados que a população deve tomar para evitar doenças que podem se proliferar com a ocorrência dos alagamentos enchentes e inundações. Dentre as orientações, as estão os alertas sobre leptospirose; hepatites agudas (A e E); doenças diarréicas; tétano; doenças de transmissão respiratória, risco de traumas e lesões (afogamentos, lesões corporais, choques elétricos), e acidentes envolvendo animais peçonhentos.

A primeira indicação é evitar entrar em contato direto com água e lama provenientes das chuvas. Para aqueles que trabalham nessas áreas, a regra é sempre utilizar botas e luvas de borracha. Outra regra geral é sempre manter o ambiente limpo, não deixando sobras de comida e colocar o lixo dentro de sacos plásticos em locais fechados. Ao sinal dos primeiros sintomas, a pessoa deve procurar orientação médica para os devidos procedimentos.

Confira as especificidades de cada doença e o que fazer para evitá-las:

Tétano

De acordo com diretora da Vigilância em Saúde, Taise Cavalcante, existe algumas doenças que são inerentes ao período de chuva, aumentando assim sua incidência. “Temos como prevenir algumas doenças na forma de vacinação, como o tétano acidental, por exemplo, que é uma doença que pode acontecer quando entramos em contato com objetos que estão misturados com a chuva. Em todas as nossas Unidades de Saúde temos a vacina antitetânica, que precisa ser reforçada a cada dez anos, pois é uma doença muito séria e pode levar à morte. Assim, é importante que todos atualizem o calendário vacinal assim que possível”, orientou.

Leptospirose

Já a leptospirose, transmitida através da urina dos ratos, é muito perigosa, pois a bactéria leptospira consegue se manter viva na água e na lama das chuvas. “O período de incubação da bactéria no organismo humano ocorre após o contato com o agente infeccioso. Geralmente, depois das chuvas, a população limpa suas residências e é justamente nesse momento de contato com a água contaminada que ocorre a transmissão da leptospirose. Os sintomas de febre alta, dores no corpo, de cabeça e na panturrilha podem não aparecer de forma imediata, pois o período de incubação é de até 30 dias”, explica Taise Cavalcante.

Alimentação e doenças respiratórias

A população também deve ficar em alerta para as hepatites A e E, transmitida pela água e alimentos contaminados. “Essas doenças apresentam período de incubação médio de 30 dias. Já o período de incubação de outras doenças transmissíveis por conta dessas ingestões, como a cólera, o tifo e as demais doenças diarréicas agudas, é mais curto, variando de algumas horas a até cinco dias. Por isso é essencial ficar atento à procedência dos alimentos”, relatou a diretora da DVS.

Quanto à água, na dúvida é melhor tratar e ferver. A aglomeração humana em ambientes fechados também pode apresentar riscos, pois favorece a ocorrência de doenças de transmissão respiratória, como as pneumopatias e meningites. Os serviços de saúde de Aracaju estão em alerta para todos os sinais e sintomas relacionados aos agravos que podem ser provocados pelas chuvas.

Aedes aegypti

O grande cuidado desse período chuvoso se deve aos locais que podem servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti, que vão desde um copo plástico, até uma caixa d’água não fechada adequadamente. Durante esse período, a água fica armazenada em diversos locais, e logo depois é aquecida pelo sol, tornando assim as condições perfeitas para desenvolvimento do mosquito.

Por isso a preocupação e o alerta devem ser constantes para que a população evite armazenar entulho e pequenos depósitos de água em suas residências, pois o ovo pode ficar ressecado durante 450 dias (um ano e meio), só esperando um pouco de água para eclodir e se transformar em mosquito adulto em um período de sete dias. Se esse ovo já vem de uma fêmea infectada, o vetor já nasce transmitindo a doença.

Animais peçonhentos

Outro problema está relacionado aos animais peçonhentos, como aranhas, escorpiões e cobras. “Com a chegada da chuva, devemos ter o maior cuidado para na hora de calçar um sapato ou vestir uma peça de roupa, pois alguns animais peçonhentos podem estar alojados, devido à chuva. Para diminuir esse risco, a PMA faz ações de prevenção em duas frentes, tanto na atuação do Centro de Controle de Zoonoses, com ações de desratização e dedetização, e com a coleta de lixo realizada pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). Contudo, independentemente dessas ações, a colaboração da população é essencial, principalmente com o descarte correto do lixo”, reforça Taise Cavalcante.

Fonte e foto assessoria

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