Aracaju, 9 de julho de 2025
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OCUPAÇÕES INDEVIDAS COMPROMETEM ESPAÇOS NA ORLA DE ATALAIA

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Tem sido cada vez mais difícil para o Governo do Estado realizar a manutenção das áreas e equipamentos de lazer da Orla de Atalaia nos 6 km sob a sua responsabilidade, em razão dos constantes atos de vandalismo e também de ocupações irregulares em alguns trechos da sua extensão.

Ponto turístico mais visitado da capital sergipana, a orla que é considerada uma das mais belas do país e é orgulho para os sergipanos é alvo frequente de degradações das mais variadas formas, o que além de comprometer o belo cenário e prejudicar a mobilidade dos transeuntes, onera ainda mais os cofres públicos.

No último dia 07, foi montada uma estrutura para atividades de uma academia de ginástica, na qual se instalou três contêineres sobre o gramado, precisamente em frente à pista de patinação na Passarela do Caranguejo, causando danos à estrutura do local.

Prejuízos

De acordo com o secretário estadual do desenvolvimento urbano e sustentabilidade, Valmor Barbosa, a ação resultará em mais prejuízos para o Estado. “Para instalar os contêineres, um caminhão subiu no passeio e quebrou parte do meio-fio, danificou a calçada e comprometeu não apenas o gramado onde eles estão por cima, bem como alguns galhos dos coqueiros plantados no local, uma vez que por estarem alinhadas, as caixas metálicas de grandes dimensões impedem que as palmeiras frutíferas permaneçam soltas”, explica.

Ele acrescenta que atitudes dessa natureza aumentam os gastos com a conservação do ponto turístico. “A Sedurbs é responsável por toda a manutenção da orla, e é de conhecimento geral as dificuldades financeiras que o Estado atravessa, sendo que travamos uma luta incessante para reduzir as faturas mensais das empresas prestadoras de serviços. Porém, além das depredações, pichações e furtos de materiais que se tornaram fatos corriqueiros, nos deparamos com ações desse tipo, o que dificulta ainda mais diminuir os gastos com reparos e preservação do local, cujas despesas mensais há mais de um ano são de R$ 200 mil”, revela.

Valmor Barbosa diz ainda que se faz necessário o uso do bom senso e do respeito à hierarquia. “Não basta aos promotores dos eventos solicitar autorização somente à Secretaria do Patrimônio da União em Sergipe (SPU/SE). Principal responsável pela manutenção da orla, a Sedurbs precisa ser comunicada antecipadamente sobre as atividades que venham acontecer em seus espaços, bem como os organizadores devem arcar com quaisquer danos e prejuízos que por ventura ocorram em virtude da realização dos mesmos”, enfatiza.

Por: Alex Santiago

Foto: Bruno Oliveira

 

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