Deve ser evitada esse ano em função da pandemia do Covid-19
As festas juninas serão diferentes este ano por conta da pandemia do novo coronavírus. Profissionais de saúde alertam que, neste cenário, a tradição de acender fogueiras é ainda mais prejudicial para aqueles que convivem com problemas respiratórios. Especialistas explicam que as crises provocadas pela fumaça podem funcionar como uma porta de entrada para diversas infecções, inclusive para o Covid-19.
“Normalmente, nesta época do ano, o clima já é de preparativos para as festas mais animadas, principalmente na região Nordeste. No entanto, é preciso mudar o foco por causa da pandemia do novo coronavírus. Mas é preciso mais que suspender as festas juninas. O avanço da Covid-19 pede que as pessoas renunciem a soltar fogos e acender fogueiras para que não haja propagação de fumaça. Isso pode comprometer as vias respiratórias, levando as pessoas que já estejam contaminadas pelo Covid19 a adoecer”, explicou o coordenador do curso de Fisioterapia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Aracaju, Paulo Autran.
Apesar do alerta para não inalar fumaça, principalmente no período junino, o professor doutor orienta que, caso ocorra, o recomendado é buscar ajuda médica o mais rápido possível para evitar que aconteçam lesões permanentes nas vias respiratórias. “Além disso, é recomendado ir para um local aberto e arejado e se deitar no chão, ficando, preferencialmente, de lado. A primeira atitude numa situação de incêndio deve ser chamar os bombeiros, ligando para o número 192”, ressaltou.
“Mas, parar ajudar e salvar vidas, primeiro deve-se pensar na própria segurança, porque o calor extremo e a inalação da fumaça de incêndio provocam situações que podem levar a morte”, alertou o fisioterapeuta.
Sobre como ajudar e resgatar pessoas, o especialista disse que é importante levar a vítima para um local fresco, arejado e longe da fumaça, buscando molhar seu rosto com, por exemplo, uma camiseta molhada com água ou soro fisiológico para diminuir o desconforto. “É importante avaliar se a vítima está consciente e respirando. Caso a pessoa não respire, chame ajuda médica ligando o 192 e, depois, inicie a respiração boca a boca e a massagem cardíaca”, orientou o professor.
Fonte e foto assessoria