Aracaju, 28 de março de 2024

DELEGADOS CONTAM COMO É TRABALHAR EM MEIO À PANDEMIA DO CORONAVÍRUS

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
6

Os delegados de Polícia de Sergipe continuam trabalhando com suas equipes para manter a segurança da sociedade e também fazer valer as medidas governamentais como o isolamento social. Em tempo de pandemia, eles são uma das poucas profissões que fazem parte dos serviços essenciais, continuaram a trabalhar em meio a risco de contaminação e precisaram se adaptar às mudanças necessárias de proteção indicadas pelos órgãos de Saúde.

A delegada Viviane Pessoa, coordenadora de Polícia da Capital (Copcal) e do Plano de Emergência de combate ao coronavírus da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), ressalta que os policiais são profissionais fundamentais para dar efetividade aos Decretos do Governo.

“Num momento tenso como esse, os delegados têm o importante papel de manter suas equipes em harmonia e confiantes para o enfrentamento da pandemia e o combate ao crime. A sociedade precisa se sentir segura e saber que existem profissionais abnegados zelando por ela”, diz Viviane Pessoa, acrescentando que, até o momento, 19 delegados testaram positivo, mas a maioria já retornou ao trabalho.

Uma delas foi a delegada Marília Miranda, do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV). Ela relata que quatro das seis delegadas lotadas no DAGV testaram positivo, em períodos diferentes. “Podemos dizer que tivemos sorte, pois quando uma se contaminou a outra já estava retornando e sempre tínhamos delegados presentes no Departamento. É importante a presença do delegado para intervir em cada caso. Com a pandemia, percebemos que os Boletins de Ocorrência diminuíram, mas os conflitos aumentaram e os flagrantes também”, diz ela, ao comentar que quando esteve doente, apresentou sintomas leves.

Marília explica que apesar de ter ampliado o número de tipificação das denúncias que podem ser feitas na Delegacia Virtual, no Portal do Cidadão (https://portalcidadao.ssp.se.gov.br/), alguns casos a exemplo de estupro, lesão corporal ou ameaça reincidente permanecem necessitando que o registro seja feito pessoalmente. “Nos casos que precisamos de alguma medida protetiva é necessário que a vítima venha à Delegacia e é importante que tenha um delegado para receber”, comenta.

O delegado Samuel Oliveira, que está à frente da Delegacia Regional de Nossa Senhora da Glória e de São Miguel do Aleixo, conta que além de atender a portaria da SSP –  ampliando os crimes registrados virtualmente e o uso constante de EPIS-, a rotina na delegacia não mudou. “Com a portaria, alguns crimes passaram a ser registrados somente pela Delegacia Virtual, mas os flagrantes permanecem sendo lavrados na delegacia. E a equipe enfrenta tanta coisa pior no dia a dia que não existe medo com relação à pandemia. Estamos tomando os devidos cuidados indicados pelos órgãos de saúde, usando os EPIs e álcool em gel”, explica ele, comemorando que até o momento ninguém testou positivo na equipe.

Samuel ressalta que a dificuldade foi fazer com que a população entendesse a gravidade da situação e a necessidade de atender aos Decretos Governamentais. “Alguns comerciantes desobedeceram a determinação do Governo e precisamos fazer termos circunstanciados. Algumas pessoas também desacataram o secretário e agentes de saúde, que estavam trabalhando em prol da população, e também precisamos intervir para que a ordem fosse mantida no município e as determinações seguidas”, explica.

Plano Emergencial

A Polícia Civil de Sergipe elaborou no início de março um Plano de Emergência de combate ao Coronavírus, com o objetivo de proteger policiais civis e todos os cidadãos sergipanos que necessitam dos serviços da instituição. Segundo Viviane Pessoa, o plano traz medidas a serem adotadas para ajudar minimizar eventuais prejuízos ao trabalho da polícia.

Raquel Almeida

Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol/SE)

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Leia também