Aracaju, 23 de abril de 2024
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HCamp possui estrutura para estabilizar paciente que aguarda regulação para UTI

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Dos 60 leitos já ativos no Hospital de Campanha (HCamp) Cleovansóstenes Pereira Aguiar, 26 podem ser adaptados para serem usados em casos mais graves, cujos pacientes precisam de estabilização enquanto aguardam regulação para leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ofertados pelo Governo do Estado.

Segundo a coordenadora do HCamp, Carolina Lopes, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, estruturou o HCamp de modo que a unidade, mesmo sendo voltada para casos de baixa e média complexidades, pudesse atender a casos que se agravassem. “Porque é próprio da covid-19 esse agravamento rápido”, explica Carolina.

Quando isso acontece e o paciente precisa de cuidado de alta complexidade, que não é o perfil do HCamp, a equipe solicita a transferência para a UTI, através do Complexo de Regulação do Estado. “O médico elabora um documento de solicitação de vaga, com todos os dados do paciente, exames, prescrição médica do dia e documentos pessoais, principalmente o resultado do teste para covid-19, já que é um leito específico”, relata a coordenadora.

Quem faz a solicitação é o Núcleo Interno de Regulação, que aguarda o médico regulador cadastrar o paciente, verificar a documentação e, então, colocar o paciente na fila para aguardar a vaga. “Enquanto isso, diariamente, nós acompanhamos a situação, elaboramos um relatório para informar o quadro do paciente, que é como uma renovação de pedido, com o quadro clínico atual”, esclarece.

Quando acontece de vagar o leito, o médico regulador informa ao HCamp, que comunica à família e verifica se o Serviço Móvel de Urgência já foi acionado (Samu). “Porque o paciente só pode ser transferido se tiver instável, pois o transporte em si já pode desestabilizá-lo”, afirma Carolina.

Segundo ela, a ordem da fila não é cronológica, já que, muitas vezes, um paciente tem a solicitação feita anteriormente, mas a vaga disponível é para outro paciente. “O que percebo na prática aqui no HCamp é que pacientes com disfunções renais, por exemplo, demoram mais para serem regulados. Acredito que, mais do que o critério cronológico, seja avaliado o quadro clínico do paciente e a vaga disponível”, analisa.

Os 26 leitos que podem ser adaptados para a estabilização de pacientes no HCamp estão na Ala Vermelha, mas a intenção é de ampliar esses leitos, já que tem havido aumento do número de casos e de agravamentos dos quadros clínicos dos pacientes. “A Prefeitura está se antecipando e estruturando melhor o Hospital para casos que se agravem, disponibilizando outros leitos, da Ala Laranja, para esse tipo de quadro”, revela Carolina Lopes.

Segundo a coordenadora da unidade, a Ala Laranja foi toda estruturada com equipamentos necessários para a intubação. “A esses 26 leitos da Ala Vermelha, outros poderão ser acrescidos pelos da Ala Laranja, caso haja necessidade de ampliar esse tipo de leito com condições de estabilização”, reforça.

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