Aracaju, 28 de março de 2024

O desenvolvimento de jogos é um campo vasto no Nordeste e no resto do Brasil

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Durante as décadas de 1990 e 2000, havia uma quantidade significante de fãs de videogames cujas interações com a mídia eram limitadas às locadoras que permitiam usar consoles como PlayStation e Nintendo 64 por algumas horas em troca de alguns reais. Ou até mesmo as revistas especializadas da indústria, que ocupavam boa parte das bancas de jornal das cidades brasileiras, em conjunto com pouquíssimas coisas de televisão que mencionavam a mídia como o famigerado programa G4, que teve curta duração na rede televisiva Band.

Mas esses fãs eventualmente conseguiram acumular poder aquisitivo suficiente para se tornarem consumidores dedicados da mídia, com alguns destes virando até profissionais no mundo dos videogames. Hoje em dia o Brasil é 11° maior mercado de videogames do mundo, com 52 milhões de jogadores de PC, 54 milhões de jogadores em celulares e 4 milhões de donos de consoles no país em 2017 segundo estimativas da LAI Global Game Services.

Por esse fator, e também o grande potencial em geral de vários brasileiros quando dados a chance de brilhar nos palcos internacionais, é que o Brasil é sempre visto em cenários competitivos de jogos como um dos países com chance de surpreender e brilhar perante seus rivais mais ricos e presumidamente mais bem preparados. Ao mesmo tempo, o país desenvolve também uma indústria de jogos que ainda é pequena, mas ainda assim pujante, com profissionais dedicados a arte de criar games espalhados por todos os cantos do nosso território.

Um campo vasto

Os 54 milhões de jogadores brasileiros de celular supramencionados não são surpresa para aqueles que acompanham os desenvolvimentos da indústria de tecnologia. Em uma pesquisa da consultoria App Annie, divulgada em https://www.faxaju.com.br/index.php/2020/01/16/, foi revelado que o Brasil é o terceiro país que mais passa tempo ao celular nos dias atuais, com média de 3 horas e 45 minutos por mês entre a população. Apenas Indonésia e China, com tempo médio de uso de 4 horas e 40 minutes e 4 horas, respectivamente, ficaram na frente do Brasil.

Isso é em grande parte resultado do fascínio que as novas tecnologias evocam em grande parte da população brasileira. Uma vez que essas tecnologias eram inacessíveis para boa parte da população até alguns anos atrás devido aos preços exorbitantes de aparelhos telefônicos e de serviços de internet que eram ofertados no mercado, o que vemos agora é quase que um fenômeno de compensação. Não por menos que no mundo de videogames vê-se algo parecido, com eventos como o Projeto PlayStation Na Estrada, que veio para Aracaju em 2018, é sucesso principalmente entre adultos que acompanham há décadas a indústria de videogames.

Aracaju é casa também de alguns estúdios de desenvolvimento de jogos voltados para celulares. A Lumen Games é um dos estúdios mais famosos do Nordeste, trabalhando em jogos de celular como Merge Potions e Operação Abaporu desde 2004.

E a região Nordeste em si é casa também de mais 60 outros estúdios de desenvolvimentos de jogos espalhados por capitais estaduais como Recife, Teresina e João Pessoa, de acordo com um censo da indústria lançado pelo BNDES em 2019. O censo mostrou também que a região foi onde houve o maior crescimento do mercado de desenvolvimento de jogos, com uma taxa de 205% entre as apurações de 2014 e 2018.

Mas o campo de desenvolvimento de jogos em si possui outras facetas. Um deles é a criação e adaptação de jogos de tabuleiro, que possui vários representantes de peso no Brasil como a Galápagos e a Conclave. A última criou o jogo Gnomópolis em 2018, que foi levado para a Europa e para a Ásia através de uma parceira com a companhia alemã Board Game Box.

O desenvolvimento para jogos baseados em browser também é um aspecto muito importante da indústria como um todo. Nos espaços da web como https://www.casinos.pt/jogos/baccarat/, as explicações das regras e as melhores estratégias associadas ao famoso jogo de cartas bacará são complementadas pela possibilidade de se praticar o jogo de forma gratuita. Dessa forma o jogador pode não só aprender as regras e estratégias, como também testá-las por meio de um jogo desenvolvido em browser pela empresa inglesa SG Digital para esse fim.

Outro fator que acaba entrando no ramo de jogos e desenvolvimento, são os role-playing games – mais conhecidos pelo acrônimo RPG – que tem ficado cada vez mais populares nos últimos anos. No Brasil, os grandes exemplos de desenvolvedores no ramo são o sistema 3D&T e o cenário Tormenta, ambos lançados pela editora Jambô, com o primeiro se

destacando por sua simplicidade e facilidade de acesso em comparação a sistemas de jogo mais famosos como GURPS e Dungeons & Dragons.

Sem limitações

Mesmo com a crise, as projeções do setor de jogos em geral continuam positivas. No fim do ano, teremos o lançamento dos consoles PlayStation 5 e Xbox Series S/X em todo o mundo, iniciando assim uma nova geração da mídia.

Ao mesmo tempo, smartphones com alto poder de processamento – e consequentemente, maior habilidade de lidar com os gráficos de alguns dos jogos de celular mais famosos do mundo – tem ficado cada vez mais baratos. A chegada de marcas como a chinesa Xiaomi ao Brasil, que em breve trará sua famosa linha de celulares de ponta com baixo preço POCO ao país, certamente ajudou nesse quesito.

E ainda existe o ramo dos jogos para browsers e analógicos a serem explorados. Ambos podem não ser mais parte da vanguarda da indústria, mas ainda existe bastante espaço para a expansão de ambos ao longo dos anos.

Assim, desenvolvedores em potencial não precisam ficar limitados a um só tipo de plataforma, seja ela console, celulares, web browsers ou até os vários papéis e papelões dos jogos de tabuleiro. O leque de opções é vasto, e se encontra sempre aberto para novas pessoas.

Fonte: Unsplash

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