Aracaju, 27 de abril de 2024
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Ausência incentiva o vale tudo

Sobre João Alves

O ex-governador João Alves Filho morreu no final da noite desta terça-feira (24). A família acompanhou de perto to sofrimento de João, internado desde o dia 18 o Hospital Sírio Libanês em Brasília.

Um dos políticos mais importantes de Sergipe, João Alves Filho deixou um lastro de obras importantes em todo o Estado, principalmente no interior, onde era querido por toda sua gente, principalmente pelo sertanejo.

*** João do Povo, como era chamado, deixa um vácuo na vida dos sergipanos e dificilmente terá sua história coberta por qualquer outro nome que venha a assumir o Governo do Estado.

*** Com a morte de João perde Sergipe e o povo chora. Na madrugada desta quarta-feira, a sua filha Ana Alves, postou nas redes: “meu pai descansou.

*** João foi governador de Sergipe por três vezes e ministro do Interior no Governo do ex-presidente José Sarney. Fundados do PFL, João Alves esteve à frente do DEM até a sua triste morte.

*** A coluna Plenário de hoje é dedicada a ele.

Diógenes Brayner diogenesbrayner@gmail.com

Nenhum candidato que esteja com ampla diferença do seu adversário, nesta eleição em segundo-turno, vai participar de um debate, com temas livres, na próxima sexta-feira, promovido pela Rede Globo de Televisão, via afiliadas, em todo o Brasil. Qualquer debate político interessa a quem estar com menor chance de vitória nas urnas, assim mesmo quando com certa antecedência do pleito. Em espaço de apenas 24 horas torna-se inútil, sem propostas diferentes das que foram expostas no decorrer dos programas, sem chances de alterar resultados e com risco de um desgaste inevitável aos dois.

Talvez seja o melhor confronto para o telespectador, porque oferece três blocos com temas livres, o que é excessivamente generoso para quem se avalia bem mais abaixo e arriscado para o que estiver mais cotado. Primeiro porque, com perguntas à vontade, não haverá limites para ataques pessoais, pegadinhas e bate-bocas que possam levar às vias dos fatos. Talvez seja essa a única forma de provocar fato novo e alterar em pouca coisa um provável resultado final, favorável a quem por todo o tempo mostrou propostas. As chances de qualquer um deles faltar eram altas, o que, repetindo, vai acontecer em várias cidades do País.

Não foi novidade o recuo do prefeito Edvaldo Nogueira (PTB) ao debate que a TV Sergipe leva ao ar na sexta-feira. Certamente, se a delegada Danielle Garcia (Cidadania) estivesse na mesma condição do seu opositor, não hesitaria em faltar, porque seria de boa estratégia e precaução. É correto que ela ocupe os 20 minutos que lhe cabe no debate frustrado e solte o verbo. Qualquer um faria isso, mesmo sabendo que “toda ausência oferece ímpetos de coragem excessiva”. E isso vai acontecer, até porque não se tem o que falar, a não ser expor deficiências do adversários e revelar o que considera erros ou ilícitos. Será a última chance para obter alguma coisa através de um espetáculo que cheira ao degradante.

Não se pode dizer, com absoluta segurança, que as eleições de domingo estão definidas. É verdade que, de dentro das urnas, ninguém sabe para quem os votos saem. Mas, se ocorrer um resultado diferente do que a quase unanimidade imagina, não será em razão desse debate sem qualquer sentido que a Rede Globo impõe aos seus telespectadores, inclusive ao mesmo tempo em que divulgará uma nova pesquisa do Ibope, exatamente, até o momento, a que bateu com rigor nos números em Aracaju.

Provavelmente a audiência não será tão grande, porque a poucos interessa o debate com um só personagem no cenário, já que não dá chance de resposta a quem, com certeza, vai ser atacado durante o tempo que for aberto o microfone a quem estiver presente para falar. Mas é a regra e o jogo não pode deixar de ser exibido, mesmo dentro de um vale tudo inoportuno.

Edvaldo fica fora

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), candidato à reeleição, não vai ao debate promovido pela TV-Sergipe na sexta-feira. Ontem a coordenação de campanha comunicou a ausência à TV.

*** Atendeu aos pedidos da maioria do grupo que o apoia, propostos desde quando houve o convite.

*** O debate será muito próximo ao pleito e na opinião dos seus aliados não há clima para um diálogo amistoso e não altera o quadro atual.

Recepção por Danielle

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) disse ontem que a receptividade que a população de Aracaju demonstra por Danielle é muito positiva.

*** – Estamos cumprindo bem o papel de mostrar as promessas não cumpridas por Edvaldo e os problemas que ele não resolveu, mesmo com 16 anos no poder.

Propostas bem aceitas

Segundo ainda Alessandro Vieira, “as propostas de Danielle Garcia para melhorar a vida dos aracajuanos são bem aceitas”.

*** – Com a definição dos apoios de segundo turno, ficou bastante claro para o eleitor quem é oposição de verdade e quem está nos braços do grupo de Belivaldo, Edvaldo, Jackson e André Moura.

Verdade e coragem

O deputado Fábio Mitidieri diz que “a boa gestão, a verdade e a coragem sempre vencem a truculência, a arrogância e a mentira”.

*** No “nosso agrupamento todos se conhecem. Não temos vergonha de mostrá-los, temos orgulho da nossa história”.

*** E conclui: “a oposição esconde seus aliados mas eles estão todos lá e são os mesmos de sempre”!

Lula e Rogério

De Brasília chega à informação de que o ex-presidente Lula está presente na liderança do PT no Senado, exercida pelo senador Rogério Carvalho, de Sergipe.

*** Todas as decisões tem participação e sugestão de Lula que, diariamente, conversa com Rogério Carvalho por telefone.

Tantos eleitos

Dados de membros do PT mostram que o partido nunca teve tantos vereadores eleitos em Sergipe como no pleito deste ano.

*** Nas contas do partido, o PT elegeu seis prefeitos, sete vices e 75 vereadores.

Adoração a partidos

Segundo o site Conexão Política, o “Governo da China ameaça fechar igrejas caso fiéis não adorem o Partido Comunista Chinês”,

*** O deputado estadual Capitão Samuel reage: “Adorar só a Deus”!

*** – De partido e políticos temos que valorizar quem faz o bem pelo coletivo e exterminar corruptos, malandros, enganadores, disse.

Vai ao ataque

O deputado Luis Garibaldi comemora a eleição do filho, Breno, a vereador de Aracaju pelo DEM, e só pretende falar sobre 2022 no próximo ano.

*** Diz que não tem nada definido, lembra que é do MDB e não sabe como o partido vai ficar. Pretende conversar mais com o DEM e adotar uma posição.

*** Uma coisa Garibaldi deixou clara: não será mais acomodado e não jogará mais no meio campo. Agora vai para o ataque.

Busca organizar a direita

Rodrigo Valadares (PTB), terceiro colocado à Prefeitura de Aracaju, disse ontem que está buscando agora uma mínima organização de movimentos de direita.

*** – Muitos representantes desses movimentos estão nos procurando, e isso é muito bom. Vejo que, passada essa eleição, a lição ficou: direita dividida é direita fragilizada, disse.

Divisão em todo Brasil

Segundo Rodrigo, essa divisão aconteceu no Brasil inteiro. “Em Aracaju mesmo, onde Bolsonaro venceu no 1º turno da eleição de 2018, estamos vendo um segundo turno em 2020 de esquerda X esquerda. (PDT X Cidadania)”.

*** – A direita conservadora não conseguiu ocupar espaços relevantes nas prefeituras e nem nas câmaras de vereadores. Aqui em Aracaju, a mais votada foi do PSOL, disse.

*** Sugere que a direita precisa se reorganizar e isso ele estar tentando, respeitando a todos que não concordam com essa direção, mas defendendo que se quiserem ter um Sergipe livre da esquerda, a direita precisa se unir.

Mudança no eleitorado

O ex-governador Jackson Barreto (MDB) se mostra tranquilo e admite que a eleição para vereador representou uma mudança em relação às escolhas dos eleitores.

*** Admitiu que a população resolveu eleger candidatos diretamente ligados a ela e pôs na Câmara os seus representantes mais diretos e que esteve sempre vinculado á comunidade.

Análise sobre a esquerda

Jackson Barreto ainda não pensa em 2022. Vai primeiro analisar como ficará a esquerda, mas está de olho no segundo turno em Recife, com Marília Arraes (PT).

*** Também acompanha São Paulo e quer que Boulos (Psol) seja eleito. Em Aracaju ele vê Edvaldo Nogueira sendo reeleito.

*** Sobre candidaturas futuras Jackson Barreto preferiu silenciar nesse momento.

Um bom bate papo

STF e Vacina – O ministro Lewandowsk, do STF, antecipou o voto em processo que pede que governo seja obrigado a apresentar em 30 dias plano de vacinação contra a doença.

Vacinar é proteger – Rogério Carvalho diz que o mundo precisa de vacinas. O Brasil já sabe que a nossa vacina é lutar contra a ignorância, o ódio e a Covid. Vamos apoiar um futuro com saúde e amor.

Sem mudança – Nessa reta final não haverá mudança, mas o clima esquenta muito em relação aos apoios dos dois lados.

Uol notícias – Enfrentar o bolsonarismo é o meu primeiro compromisso, diz viúva de Marielle, eleita vereadora no Rio.

Coisa de retardado – Heloísa Bolsonaro, mulher de Eduardo, o filho 03 do presidente, disse que o movimento antivacina é “coisa de retardado.”

Ricardo Pereira – Prevejo um grande futuro para Marília Arraes na política. Sua trajetória não vai se limitar a Recife ou Pernambuco. Ela é jovem ainda. Brasília a espera.

Revista Fórum – Advogado que não imputa crime aos seguranças do Carrefour ataca vereador negro por pichar toldo.

O Antagonista – A maioria da 1º Turma do STF votou a favor de manter o recebimento de uma denúncia contra Arthur Lira (PP-AL) por corrupção.

                            ***X***

Opinião

A D E L E G A D A  E  A S  U R N A S

*João Augusto Gama

A delegada não soube evitar os clichês. Neófita, repetiu e disse o que seus marqueteiros disseram. Os marqueteiros, por outro lado, não conhecem a cidade. Seus problemas. Suas angústias. Não andaram nos bairros, não ouviram a periferia. Arrogantes, decretaram: a cidade quer mudança. A delegada, mecanicamente, repetiu, muitas vezes autoritariamente o bordão: a cidade quer mudança. Deu no que deu e no que dará.

Um escrutínio rápido sobre o resultado das urnas no primeiro turno traz uma conclusão bem diferente. O prefeito ganhou em todas as seções da cidade. Não perdeu em  nenhuma das três zonas eleitorais de Aracaju. Foi uma vitória espetacular.

Aracaju sinalizou com toda clareza que aprova o atual Governo Municipal.

A oposição não disse a que veio. Desconhece a cidade. Em todo momento se comportou de maneira infantil, amadorística. Não teve fôlego para o embate. Talvez agora entenda que eleição não se ganha no grito, na intimidação. Precisa se reciclar e começar a trabalhar como oposição no dia primeiro de janeiro próximo. Não pode ter um projeto apenas para as vésperas da eleição. Oposição dá trabalho. Requer uma vigilância permanente. Uma grande dedicação e algum sacrifício, como a frequência em restaurantes da moda e trabalhos fora do estado.

*Ex-prefeito de Aracaju

 

 

 

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