Por Diógenes Brayner
Rômulo Rodrigues (PT), articula e analisa momentos de uma estrutura sólida para o seu partido, disse nesta sexta-feira (22), que no momento se discute a vacina, “para saber o que sobra para política”. Sobre uma chapa em que o PT dispute as eleições de 2022, com Rogério Carvalho a Governo, junto com Valmir de Francisquinho (PL) para vice, e André Moura (PSC) ao Senado, acha que nesse momento, dentro do Partido dos Trabalhadores, não passa.
– Mais adiante, a depender do vencimento dessa pandemia, é que tudo isso será discutido e bem avaliado pela militância petista, disse e acrescentou que “o governador Belivaldo Chagas (PSD) não será empecilho para o PT se manter no grupo, desde que mantenha o protagonismo em uma estrutura de coalizão em que o partido se fortaleça e participe das decisões políticas que devem ser tomadas para o futuro”.
Provável alteração – Uma das preocupações dentro do PT são as eleições majoritárias e parlamentares de 2022, com uma provável alteração na Lei 9504 para o retorno da proporcionalidade. Em setembro de 2019 esta lei sofreu alteração para a inclusão da cláusula de barreira no pleito para as Câmaras Municipais, o que não foi e surpreendeu muitos partidos eleitoralmente competitivos.
O PT calcula que se for mantido o modelo de 2020, com os partidos saindo com chapa pura, a situação se complica e pode oferecer um resultado diferente do que o partido sempre teve, como ocorreu nas Câmaras Municipais, inclusive em Aracaju. Mantendo a eleição como está, para a Câmara Federal, o PT inicialmente tem como candidatos o deputado federal João Daniel, a vice-governadora Eliane Aquino e Marcio Macedo, além de outros menos citados, no máximo elege um e corre o risco de ficar sem nenhum.
– A composição sinalizada neste momento para o PT neste momento, pode acontecer sem problemas, embora não encontre apoio da militância nesse momento. Mas, depois das discussões e que houve aprovação da maioria, ela será mantida e defendida exaustivamente, disse Rômulo, acrescentando que “O PT vai ter que adquirir balões de oxigênio para se recuperar em 2022, para que o partido recupere o seu fortalecimento.
Grande dificuldade – Segundo Rômulo Rodrigues, hoje a grande dificuldade do Partido dos Trabalhadores é unir as tendências – isso é natural – para que se consiga a manutenção do partido e o transforme influente nas decisões e ações do bloco a que passará a integrar ou no que já está.
Rômulo considera o senador Rogério Carvalho “a bola da vez” para a sucessão estadual, mas admite que “compete a ele dar uma olhada no retrovisor, analisar o desenvolvimento político do partido dentro do âmbito ideológico e avaliar os novos acordos políticos”.
– Terá que fazer uma avaliação de tudo, incluindo a questão ideológica com a possibilidade de readquirir a força política e chegar a uma conclusão do que dará numa reavaliação de posicionamento e reestrutura. Um novo projeto, como o exposto para formação de chapa com PL e PSC não pode ser descartada, concluiu.