As declarações de Rômulo Rodrigues (PT), publicadas no Faxaju Online, na sexta-feira (22) aqueceram os debates sobre a disputa das eleições majoritárias de 2022, no final de semana. O petista mencionou a indisposição de montar chapa com PL e PSC, na disputa pela vaga ao Governo do Estado, neste primeiro momento, contudo deixou a porta aberta para futuras negociações com o time vencedor do pleito na capital, em 2020 (do qual o PT não fez parte).
A dedução é do ex-deputado estadual Zeca da Silva, secretário geral do PSL em Sergipe e peça chave na articulação política do PSC, que acrescenta|: “Apesar da indefinição do raciocínio de Rômulo sobre o que ele acredita ser melhor para o futuro do PT: a formação de alianças, caso lance candidatura ao Governo Estadual?
Zeca da Silva arrisca um palpite, “todos sabem que, caso o PT tenha candidato a governador, o nome mais provável é o do senador Rogério Carvalho. Pela fala de Rômulo, fica claro que o PT almeja que essa possível candidatura seja apoiada pelo grupo que reelegeu o prefeito Edvaldo Nogueira, do qual Belivaldo fez parte. Por outro lado, fica parecendo que, caso a união não aconteça junto a Belivaldo e Edvaldo, o PT mais uma vez lançará uma “aliança crítica”, como ocorreu na eleição aracajuana, no ano passado.”
Zeca vê precipitação nas declarações de Rômulo: “Para falar a verdade, se essa é uma análise isolada de Rômulo ou se trata de um sentimento que permeia o petismo sergipano, de um jeito ou de outro, estão querendo adiantar as coisas, num momento em que precisamos focar apenas em um tema, a pandemia, que está assolando o país e o estado. Agora é hora de falar em vacina e salvar vidas“, diz.
Questionado sobre a existência de conversas em andamento entre os partidos, Zeca rebate, “Ainda está cedo para o PSC, o PSL e qualquer outro partido construir um entendimento a esse nível, mas nada está descartado. Fato é que estamos iniciando o projeto com o PSL, agregando lideranças e pensando em fortalecer os partidos para o próximo pleito.”