Aracaju, 23 de abril de 2024
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LUTA PELO FORA BOLSONARO PERCORRE BAIRROS E AVENIDAS DE ARACAJU

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Em todo o Brasil, 87 cidades, 24 estados e o Distrito Federal, ocupou ruas e avenidas pelo Fora Bolsonaro

De carro, moto e bicicleta, brasileiros de 24 estados e mais de 87 cidades foram às ruas na manhã e à tarde deste sábado, dia 23 de janeiro, para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL).

Em Aracaju, mais de 150 veículos participaram do protesto que saiu da Orlinha do Bairro Industrial, passando pelo Mercado, no Centro, pela Avenida Barão de Maruim, Av. Hermes Fontes, pelos bairros Orlando Dantas e Augusto Franco até o Farol. O protesto foi organizado pelo movimento sindical e social de Sergipe.

Dirigente do Sindiprev/SE, Antônio Joaquim, afirmou que Bolsonaro representa o que há de pior na política brasileira, e no ser humano brasileiro. “Essa é uma das grandes carreatas que já houve em Aracaju. Dizemos fora Bolsonaro, fora ao genocida, fora a esta pessoa que não crê na ciência, que representa o assassinato de indígenas, que combate o serviço público e quer destruir o SUS. Fora Bolsonaro é o grito que representa a vontade do trabalhador brasileiro. Fora Bolsonaro!”.

Durante o percurso, a dirigente sindical e vereadora de Aracaju, Ângela Melo, afirmou que o governo Bolsonaro tenta destruir a democracia e o estado brasileiro. “Pela redemocratização do País, contra a morte, contra este governo genocida, fora Bolsonaro e viva a democracia!”

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Sergipe), Roberto Silva, observou a importância deste movimento nacional que se inicia com este protesto. “O Fora Bolsonaro é necessário para que o País volte a crescer e gerar emprego, pelo direito de viver, pelo direito à vacina para todos. Principalmente neste momento em que as pesquisas estão mostrando uma perda de popularidade de Bolsonaro, é mais que necessária a pressão dos trabalhadores para que este genocida possa cair e o Brasil tenha um outro cenário”, resumiu.

Sofrimento do povo brasileiro

O dia nacional de luta foi a oportunidade de discutir publicamente sobre a situação calamitosa da Covid-19 no País – uma realidade que o povo brasileiro vem enfrentando desde o ano passado, junto ao desafio do desemprego, fome e miséria que crescem a cada dia.

A população abandonada à própria sorte em meio à pandemia da Covid-19, em sua maioria, tem apenas o SUS (Sistema Único de Saúde) para a assistência médica. Portanto, neste dia de luta, quem participou dos protestos confeccionou cartazes em defesa do SUS, bem como em defesa do serviço público.

Com 60.980 novos casos de Covid-19 por dia e 1.176 mortes nas últimas 24h, o Brasil já perdeu mais de 218 mil vidas para a pandemia, que continua se alastrando pelo País com aumento dos casos de contaminação e morte.

No Estado do Amazonas, que agoniza com o problema da falta de oxigênio, a pandemia se espalha pelo interior com uma taxa de 140% de crescimento dos casos de morte.

Diante da Covid-19, o cenário de saúde pública no Brasil continua crítico e é urgente a luta pelo direito à vacina para todos. Segundo pesquisa do Datafolha, 62% da população acredita que a pandemia está fora de controle no Brasil.

A presidenta do SINTESE, Ivonete Cruz, avaliou as carreatas e protestos pelo País como uma importante construção do movimento sindical e social. “Eu considero hoje, o dia 23 de janeiro, um dia histórico na luta em defesa da vida, porque o governo Bolsonaro é genocida e tem matado milhares de pessoas brasileiras frente à pandemia, a fome, o desemprego e a miséria. Por isso, o Fora Bolsonaro precisa ganhar força e alma, e nós iniciamos isto hoje. Fica pra história do Brasil, fora Bolsonaro!”.

A professora Ivonete divulgou que na próxima segunda-feira, dia 25 de janeiro, vai acontecer outra manifestação. “É outro protesto em defesa da vida e contra o desconto de 14% do salário das professoras aposentadas da rede pública estadual de Sergipe”.

Foto: Márcio Garcez

Por Iracema Corso

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