Aracaju, 25 de abril de 2024
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O tom muda para disputa majoritária

Diógenes Brayner diogenesbrayner@gmail.com

A mobilização antecipada da sucessão estadual recuou publicamente, mas é tratada nos bastidores com a mesma força. Alguns nomes já expostos conversam fundo sobre as eleições majoritárias de 2022 e deixam claro o objetivo de estar no palanque defendendo seus projetos, alguns deles até já iniciados e relatados de forma subliminar nas reuniões. Tem também quem esteja dispensando lideranças para apoiarem outros candidatos à Câmara Federal, num gesto claro que opta por uma disputa majoritária. Não houve um silenciar sobre o caso, mas cautela para evitar exposição de aparente pré-campanha.

O senador Rogério Carvalho (PT) nunca afirmou candidatura ao Governo em 2022, mas se tornou o único nome da legenda em condições de se submeter ao desafio. Com a eleição da Presidência do Senado, em que o senador sergipano apoiou o seu colega Rodrigo Pacheco (DEM), numa articulação que se pode considerar de ousada, com o objetivo de levar o Partido dos Trabalhadores também a apoiar uma candidatura, que tinha a simpatia do presidente Jair Bolsonaro, mesmo que não haja vinculação do seu trabalho com o bolsonarismo, que ele e o partido fazem oposição severa.

Mas há de se ver que esse movimento realizado por Rogério revelou a liberdade do senador dentro do seu partido e a força que ele detém na argumentação para conduzir a legenda. Além disso, deixou claro o seu desprendimento e que não se atrela ao petismo de raiz, que fecha o bom relacionamento, inclusive político, daqueles que não seguem o rito programático da legenda. Isso, inclusive, aguça a vista de outras siglas em sua direção, mesmo que jamais o senador trace caminhos diferentes, dentro de uma estrutura de ampliação na visão genérica.

Rogério Carvalho deixa bem claro que não há barreiras que o impeçam de conversar com outras tendências políticas, colocando para fora radicalismos que atrasam a visão de crescimento da sigla. Além de tudo isso, todo esse trabalho lhe dará uma grandeza dentro do Congresso, principalmente ao ser o 3º Secretário e se cacifar dentro do Senado, ganhando uma visibilidade política ampla, além de participar de decisões importantes na Casa e que reflete em Sergipe. A única pergunta que se pode fazer é se no Governo tudo isso se reflete a ponto de se transformar em volume de recursos, que ele possa liberar para Sergipe? Será que vão permitir que Rogério tenha uma cota de recursos para transferir aos municípios de seu Estado?

De qualquer forma, com toda essa posição dentro do Congresso e pela amplitude que o seu nome tomará em relação aos sergipanos, o senador se torna forte para disputar o Governo, mesmo que esteja fora das demais tendências partidárias que formam a base aliada, da qual o PT integra, mas dificultou o relacionamento ao lançar candidatura própria à Prefeitura de Aracaju. Rogério vai disputar o Governo seja indicado pela base ou não, porque tem condições de formar um bloco em torno dele e se tornar oposição, tudo isso diante do que aconteceu no Senado neste início de semana.

Isso, inclusive, já levantou as antenas de políticos experientes da base aliada, que se preocupam em trazer André Moura e colocá-lo como candidato ao Senado pela situação. Será? As conversas começam a rolar sobre isso e pode se tornar realidade antes que seja muito tarde.

A folha dentro do mês

O governador Belivaldo Chagas (PSD) já estava pagando a 85% dos servidores dentro do mês e ontem anunciou que incluiria os 15% restantes.

*** Uma boa notícia para os servidores que tinham seus salários depositados até o dia 10 do mês seguinte.

Era uma prioridade

Aliás, o pagamento dentro do mês trabalhado era uma prioridade de Belivaldo neste inicio de segundo ano da administração, inclusive porque não considerava correto nos 10 primeiros dias do mês seguinte.

*** A maioria dos próprios servidores que recebia na primeira semana do outro mês, passou a admitir pagamento em dia e não em atraso, porque acontecia a cada 30 dias.

Herança incômoda

Há um detalhe: as dificuldades econômicas provocaram que Governos anteriores alterassem o pagamento do funcionalismo para o mês seguinte, com complementação através de parcela do FPE.

*** Foi uma herança que Belivaldo Chagas recebeu de antecessores, mas que agora cumpre o seu projeto de pagamento dentro do mês, através de um trabalho que organizou as finanças.

Articulação intensa

O senador Rogério Carvalho (PT) – 3º secretário da Mesa do Senado – fez um trabalho de articulação intenso para eleger o senador Rodrigo Pacheco (DEM) à Presidência do Senado.

*** A articulação política de Rogério garantiu que Sergipe tivesse representação na mesa diretora do Senado Federal.

*** O presidente Bolsonaro agiu mais uma vez como “engenheiro de obra pronta”, aderindo tardiamente ao bloco que já estava consolidado.

Levanta o PT?

Para alguns membros do PT em Sergipe, o trabalho do senador Rogério Carvalho tem produzido frutos objetivos no Estado.

*** Acham – e se animam – que o PT voltou, “na qualidade de grande partido nacional”, a ocupar um espaço de decisão no Congresso.

*** Ontem o senador divulgou em suas redes sociais um encontro com Fernando Haddad.

Não tem nada a ver

O deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) disse, ontem, que a vitória de Artur Lira a presidente da Câmara Federal não tem nada a ver para atrelá-la ao presidente Bolsonaro.

*** Para Fábio, a eleição da Câmara é interna do parlamento. “Tenho certeza que vários colegas que votaram no Artur não estarão com o Bolsonaro em 2022”.

*** – Da mesma forma que o PT no Senado votou no senador Rodrigo Pacheco, apoiado pelo Bolsonaro, mas que não acredito que votará nele pra Presidente em 2022, disse.

Estão em harmonia

Para Mitidieri, o Bolsonaro agora não vai mais poder dizer que “a Câmara está atrapalhando o seu governo”. Afinal, os dois presidentes estão em harmonia com o palácio.

*** E conclui: – A pauta será destravada é colocada em votação. Vamos ver o poder de articulação do Governo e como reage a economia.

Modelo eleitoral muda

Heleno Silva (Republicanos) disse que em Brasília a conversa entre lideranças e alguns presidentes de partidos, é que o modelo usado para as eleições de 2022 não será o mesmo de 2020.

*** A cúpula diretiva dos principais partidos vai retirar a chamada sobra de votos que elegeram alguns vereadores nas eleições anteriores.

*** Os grandes partidos acham que o modelo usado em 2020 fortaleceu os pequenos e prejudicaram excessivamente os grande.

Conversas do DEM

O presidente do DEM, José Carlos Machado, tem conversado muito com lideranças políticas, convidando-as a ingressar no partido e pensando nas eleições de 2022.

*** Ontem ele esteve com o ex-deputado Pastor Antônio, com o ex-vereador Max Prejuízo e com o empresário Teixeira Caminhões.

Amante da política

Teixeira Caminhões é um amante da política, mas teme atuar nela em razão das suas atividades empresariais. Machado sugere que ele seja candidato a deputado federal.

*** Teixeira mostrou-se animado, expôs vontade, mas nada ficou definido. Novas conversas ocorrerão entre os dois.

De volta ao jetski

A senadora Maria do Carmo (DEM) sexta-feira passada esteve com vários prefeitos da região, em Itabaianinha, onde se colocou à disposição de todos em Brasília.

*** Domingo, D. Maria voltou a andar de jetski no Vaza Barris e ontem estava votando em Rodrigo Pacheco a presidente do Senado.

*** Quando perguntada se á candidata à reeleição diz que não tem mais idade para isso.

Paulo e Bolsonaro

O ex-candidato a prefeito de Aracaju, delegado Paulo Marcio (sem partido) diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), “não pode e nem deve subestimar seus adversários”.

*** Admite que ele seja reeleito em 2022 no primeiro turno e acha que “a Globo agoniza, os partidos de esquerda debateram e os adversários do governo sofrem sucessivas e humilhantes derrotas”.

Danielle e convites

O Cidadania tem como certo que a delegada Danielle Garcia vai disputar mandato parlmentar pela sigla em 2022, a estadual ou federal.

*** Tudo indica que isso não vai acontecer. Danielle tem convites de três partidos para filiar-se e está indecisa entre PSDB, PSB e PP.

*** Deve anunciar a sua nova sigla no segundo semestre.

Milton não deixa o PL

O presidente municipal do PL, Milton Andrade, disse ontem que vai permanecer no partido. A ida para o PSDB é assunto encerrado, “mas fiquei lisonjeado pelo convite”.

*** Lembrou que foi muito bem tratado pelo PL Nacional em 2020 e diz que não vê motivos para deixar a sigla, “a não ser que haja fato novo”.

*** Disse que pretende disputar as eleições no próximo ano e está à disposição do seu agrupamento: “em 2018 disputei o Governo. Não negaria caso seja convocado pelo grupo”.

Time de Belivaldo

Em conversa, ontem, em Brasília, o deputado federal Fábio Mitidieri disse que está preparado para ser candidato a governador em 2022, mas vai esperar a decisão do governador Belivaldo Chagas.

*** A informação é que Fábio está “muito bem centrado e admite que o Governo se mantenha com o PSD”. Mas insiste: “o time é de Belivaldo”.

Uma boa conversa

Rogério Carvalho – Mensagens escancaram a forma descarada em que Moro e procuradores da Lava Jato tramaram para retirar Lula das eleições de 2018.

O Antagonista – Ao ganhar uma lata gigante de Leite Moça, o presidente se animou. “Esse aqui é Globo, Folha e Antagonista”, disse, gargalhando de si mesmo.

DCM online – Governo cancela multa e libera exportação de madeira ilegal apreendida na Amazônia

Vik Tor – Joice Hasselmann não gostou de ser filmada bebendo champagne na festa de Arthur Lira, depois de fingir fazer campanha contra o candidato governista.

Renato Souza – Quando se acha que não pode ficar pior, a Bia Kicis é escolhida para presidir a CCJ, comissão mais importante da Câmara. Agora o fundo do poço vem.

Diz Maria – Não culpem a imprensa. Eles publicaram tudo: Mensalão, Petrolão, mas o povo estava muito feliz com Lula e nunca deu bola.

Miriam Leitão – O Congresso virou de costas para um país devastado para a pandemia e fez uma eleição em que todas as negociações passaram longe do sofrimento do país.

Augusto de Arruda – Kakay traz um ponto novo para discussão: as conversas apontam para possíveis crimes cometidos por Moro?

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