Uma unidade de saúde é espaço para a proliferação de uma série de microorganismos que podem ser prejudiciais à vida humana. No caso específico de hospitais, esse risco é ainda maior, levando em consideração que são locais de grande estrutura e que atendem a uma gama maior de serviços. É justamente para ter maior vigilância que existem as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Em Aracaju, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) tem ligação direta com a comissão do Hospital Municipal Fernando Franco – o Nestor Piva, apesar de também ser um hospital municipal é gerenciado por uma empresa contratada. Por ser uma das unidades municipais de maior assistência à população, a CCIH do Fernando Franco tem ainda mais importância, sobretudo no período de pandemia, quando muitos dos pacientes acometidos por covid-19 são tratados no local.
“A CCIH é de extrema importância para todo estabelecimento de saúde. É ela quem sinaliza a possibilidade de circulação de patógenos e, a partir disso, viabiliza a tomada de decisões, como a melhor forma de controle, prevenção, tratamento a pacientes, no sentido de evitar que o patógeno se alastre dentro da unidade”, destaca a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza.
De acordo com ela, a comissão tem ficado cada vez mais alerta no período de pandemia, “porque não se tem somente os patógenos que, comumente, já circulavam nos hospitais, agora, temos outro que pode ser responsável por vários processos infecciosos em pacientes que, inclusive, estão em alas não covid”, frisa a secretária.
As CCIH foram instituídas em 1998, por meio da Portaria Nº 2616, do Ministério da Saúde. Sua finalidade é elaborar, executar e avaliar as ações de prevenção e controle de infecção hospitalar, esta que é adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
A assessora da Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde da SMS, Ana Régia Oliveira, aponta que, no Fernando Franco, a CCIH é composta por um médico, uma enfermeira e três técnicos que prestam suporte.
“A CCIH teve papel fundamental, desde o início da pandemia. Ela é responsável pelas notificações dos casos de covid, bem como outras doenças infecciosas que a aparecem no hospital, e a partir disto, envia o material de amostras para o Lacen. A comissão é responsável pela criação de protocolos relacionados à contaminação, então, uma CCIH bem estruturada é de extrema importância para o hospital, para evitar que o paciente com alguma doença contagiosa não venha a transmitir para funcionários ou para outros pacientes”, pontua.
Foto André Moreira