Aracaju, 23 de abril de 2024
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COVID-19: ARACAJU TEM MENOR TAXA DE LETALIDADE ENTRE CAPITAIS DO NE E 4ª DO PAÍS

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Desde o início da pandemia, a Prefeitura de Aracaju tem atuado de forma intensa no enfrentamento da pandemia de covid-19 na capital sergipana. Durante esse período, a gestão municipal adotou diversas ações que, juntas, mitigaram o efeito da doença e permitiram que o colapso da saúde pública no município. Além da percepção dos cidadãos, o reconhecimento dessa atuação eficaz na cidade aparece em números oficiais.

Segundo os dados mais recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o índice de letalidade da covid-19 em Aracaju é de 1,4%, o menor dentre as capitais da região Nordeste. Essa taxa de letalidade é calculada dividindo-se o número de óbitos em relação ao total de infectados, o que permite ter uma dimensão da qualidade do tratamento que os pacientes recebem.

A nível nacional, o número da capital sergipana é o quarto mais baixo em comparação a todas as capitais; atrás, apenas, de Florianópolis (0,81%), Palmas (0,97%) e Boa Vista (1,13%). Segundo a secretária municipal da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, o planejamento da administração municipal antes mesmo da confirmação do primeiro caso, foi fundamental para que esse patamar fosse atingido, como a apresentação do Plano de Contingência, ainda em fevereiro do ano passado.

“Desde o início, de forma realista, esperamos a doença chegar e, por esperarmos, nos preparamos para ela, para que pudéssemos atuar da melhor maneira possível dentro das condições. De lá para cá, além das nossas experiências, continuamos estudando o que existe de boas práticas para tentar adaptar, sempre com o objetivo de munir a nossa população de serviços e medidas que, de fato, sejam qualificadas e eficientes. Tudo o que foi desenhado no início foi muito importante para obtermos o resultado que temos hoje”, salientou.

Ainda de acordo com a secretária, a baixa taxa de letalidade no maior município do estado demonstra que, na prática, mais vidas de aracajuanos foram salvas. “Isso significa que os nossos protocolos, a forma como nós capacitamos os profissionais, como aprendemos com a própria doença, tem surtido efeito, no sentido de que está se trabalhando melhor o paciente que se interna e estamos conseguindo salvar mais pessoas”, destaca.

Atualmente, de acordo com o Painel Covid-19, foram realizados mais de 135 mil testes em Aracaju até esta quarta-feira (10). Desde o início da pandemia, 71.147 casos foram confirmados e 1,026 pessoas evoluíram a óbito. A taxa de recuperados é de 94,05%.

Vacinação

No início deste ano, uma nova esperança desembarcou em Aracaju: a vacina contra a covid-19. Assim que recebeu as primeiras doses do Governo do Estado, a Prefeitura de Aracaju iniciou a imunização em profissionais da saúde da linha de frente, idosos institucionalizados e seus cuidadores.

Nesta quarta-feira (10), começou a segunda fase da campanha da imunização, seguindo o Plano Municipal de Vacinação. Desta vez, o grupo prioritário são idosos acima de 90 anos e a expectativa da administração é vacinar 2.332 desses cidadãos. A aplicação das doses é realizada em formato drive-thru, no Parque da Sementeira; na própria residência dos idosos que se encontram acamados; ou em 40 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital.

Do total de UBS existentes em Aracaju, apenas quatro não estão vacinando por estarem dedicadas a atendimento de síndromes gripais: a UBS Geraldo Magela, no conjunto Orlando Dantas; UBS Ministro Costa Cavalcante, no Inácio Barbosa; UBS José Machado de Souza, no Santos Dumont, e a UBS Onésimo Pinto, no Jardim Centenário. Inicialmente, a SMS havia designado oito unidades para este fim, porém com a diminuição do número de casos esse número foi reduzido.

Apesar do início da vacinação, a volta à normalidade ainda levará mais tempo, já que é preciso que grande parte da população seja imunizada. Por isso, a secretária Waneska Barboza ressalta a importância dos cidadãos manterem todos os cuidados para evitar a propagação do novo coronavírus.

“Para continuarmos enfrentando essa pandemia com planejamento e eficiência, precisamos da colaboração ativa da população. É preciso destacar que precisamos mudar os nossos hábitos, a nossa cultura, mesmo com a chegada de uma vacina. Não podemos deixar de usar a máscara, de manter o distanciamento social e fazer a higienização das mãos, porque estamos lidando com um vírus que ainda hospitaliza e mata milhares de pessoas todos os dias”, afirma a secretária.

Atuação integrada

No pico da pandemia, em Aracaju, os cidadãos tiveram a oferta do atendimento ampliada com a montagem do Hospital de Campanha (HCamp) Cleovansóstenes Pereira Aguiar. Inaugurado em 16 de maio, o HCamp atendeu 461 pacientes ao longo dos quatro meses de funcionamento e obteve uma taxa de 74% de resolutividade. Além disso, o hospital ainda realizou 90 transferências de pacientes que necessitaram de um leito de UTI (20% dos atendimentos na unidade) e registrou 28 óbitos (6%).

Para acompanhar mais de perto os pacientes que precisaram ficar isolados, a Prefeitura implantou o programa MonitorAju. A ferramenta continua sendo fundamental para manter o acompanhamento da evolução dos quadros de saúde de suspeitos e confirmados. Desde que foi criado, mais de 270 mil ligações foram feitas e atendidas no programa. O programa também possui o papel de orientar os aracajuanos acerca dos cuidados necessários no enfrentamento do coronavírus, como uso adequado da máscara, efetividade de medicamentos e higienização.

Com o objetivo de fornecer mais transparência aos cidadãos, a gestão municipal criou, também, o Painel Covid-19. Esse sistema possibilita, por exemplo, acompanhar os casos em cada bairro, o índice de isolamento social diário, ocupação de leitos de UTI e enfermagem, média móvel, taxa de letalidade, entre outras coisas, o que tem se mostrado determinante para compreender o comportamento epidemiológico do novo coronavírus na cidade.

Já para verificar o cumprimento dos protocolos de biossegurança estabelecidos em Decretos Estaduais e Municipais, as equipes municipais mantêm um intenso ritmo de fiscalizações. Os trabalhos têm sido executados de forma integrada, por meio de órgãos como a Defesa Civil, o Procon Aracaju, a Guarda Municipal e a Vigilância Sanitária. Até dezembro de 2020, 1.659 estabelecimentos foram avaliados, com 367 interdições temporárias, para readequação dos espaços.

Além disso, mais de 800 denúncias encaminhadas pelos cidadãos ao Procon Aracaju foram verificadas e 1.471 denúncias recebidas pela Vigilância Sanitária foram analisadas; o que resultou em 56 notificações e três apreensões de produtos irregulares.

Foto SMS

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