Aracaju, 5 de julho de 2025
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Pacientes renais crônicos sofrem com falta de assistência financeira, diz associação 

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Somente na capital, são cerca de 1400 pacientes renais que fazem hemodiálise toda semana. Segundo a Associação dos Renais Crônicos e Transplantados de Sergipe (Arcrese), sempre que essas pessoas precisam se deslocar para outros estados, não recebem assistência financeira no município, isso porque, Aracaju não possue políticas para o Tratamento Fora de Domicílio, mais conhecido como TFD.

No âmbito estadual o TDF funciona por meio de recursos do Governo Federal, obedecendo o que determina a Portaria 555/1999, mas segundo o Virgílio Neto, que é voluntário da Associação dos Renais, o valor pago é insuficiente para cobrir as despesas. “Como alguém consegue viajar com uma diária R$24,70? É esse o valor repassado aos pacientes, que se deslocam para São Paulo, Pernambuco ou Bahia para fazer exames ou até mesmo o transplante”, reclama. Ainda de acordo com Virgílio, em municípios vizinhos, como Nossa Senhora do Socorro, “a prefeitura paga R$500,00 para o paciente viajar com o acompanhante. Uma diferença enorme!”, reforça.

A situação é tão grave, que em 2016, um paciente transplantado, aqui do estado, precisou entrar na justiça para conseguir o aumento do valor pago. Na época, por meio de um mandado de segurança, o judiciário sergipano determinou que o valor da diária para referido paciente, subisse de R$24,70 para R$144,75. A decisão abriu precedente, mas só pode ser estendida a outras pessoas, caso elas acionem a justiça, o que torna o processo mais burocrático.

Em reunião realizada, o vereador Eduardo Lima (Republicanos) conversou com representantes da Associação dos Renais para entender mais de perto a situação do pacientes renais em Sergipe e, principalmente na cidade de Aracaju. Para Eduardo Lima, “estes pacientes já têm uma sobrevida bem delicada e precisam de um olhar mais humano para suas dificuldades, o que pode amenizar o sofrimento de quem está na fila do transplante”.

Após a reunião, o parlamentar se dirigiu à  Secretaria Municipal de Saúde, onde foi recebido pela responsável pela pasta, Waneska Barboza. Durante o encontro, Waneska informou que o TFD de fato é uma política federal em parceria com os estados e sugeriu que a discussão do tema fosse ampliada para ganhar apoio de outros municípios. Eduardo Lima acatou a sugestão e se comprometeu a levar o assunto para o âmbito estadual e federal, por meio da executiva do partido. “O que não podemos é ver esses pacientes sofrendo e ficar sem perspectiva de um maior apoio ao tratamento”, conclui o parlamentar.

Foto assessoria

Por Valéria Santana

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