Diógenes Brayner – diogenesbrayner@gmail.com
Segurar uma pandemia, como a da Covid-19, que aparenta não recuar nunca e continua fazendo vítimas por todo Brasil, é uma missão difícil, corajosa e pouco compreensível por muitos que não entende a necessidade de restringir hábitos com o objetivo de salvar vidas. Qualquer medida mais dura, até mesmo um toque de recolher, não agrada porque põe em sacrifício algumas atividades, com a redução de vendas e negócios. Perder parte de uma renda não é nada prazeroso, claro que não, mas salvar vidas, reduzir as internações e evitar o colapso no sistema de Saúde pública e privada, sinceramente não há preço. Vale até suportar mentiras, agressões e xingamentos.
A sensação de estar vivo, fora de um leito severo de UTI e sem intubação, dá a sensação de que foi um dos escolhidos para sobreviver a toda essa provação. E isso vale muito. Mas alguns prejuízos podem ser recuperados depois. Os que saem vivos dessa sentem muitas dificuldades físicas e mentais, e levam muito tempo para retomar às suas atividades normais. Infelizmente, a população precisa de atos firmes para conseguir ficar em casa e não adquirir o vírus que pode levar um grande número de pessoas à morte. E essa coragem de evitar o fim da vida é incompreensivelmente criticada por aqueles que preferem às ruas, mesmo com a possibilidade de transmitir a doença aos familiares.
O Comitê Técnico Empresarial vai se reunir hoje para avaliar a situação da pandemia neste período de quinta-feira passada até agora. Tudo indica que não haverá surpresas e a tendência será prorrogar o toque de recolher por mais uma semana. Quanto ao retorno das aulas, que é o assunto principal da reunião, a tendência natural é que não altere nada e a decisão será adiada mais uma vez. O objetivo é melhorar a situação, tentar uma redução confiável do número de casos, acreditar que haja maior equilíbrio na crise que afeta hospitais públicos e privados, para que se faça uma análise mais aprofundada e determine uma abertura gradual.
O toque de recolher também serviu de mote para posições políticas. Bolsonaro foi contra, como sempre o fez em se tratando de medidas para barrar o avanço da Covid-19. Considerou um abuso autoritário de prefeitos e governadores, inclusive porque o decisão era tomada independente de qualquer influência federal. Desde o início da semana que Bolsonaro montou estratégia para declaração de um Estado de Sítio, onde ele interviria nessas decisões. Ontem presidente disse que joga dentro da Constituição e lembrou que já há algum tempo autoridades não estão jogando nos limites da Constituição, referindo-se às medidas de governadores e prefeitos contra a Covid.
Bolsonaro teve o apoio imediato dos seus aliados e seguidores, mas os governadores e prefeitos não se intimidaram e mantiveram as decisões tomadas, principalmente o toque de recolher. E isso vai continuar, pelo menos em Sergipe, porque Belivaldo Chagas, sem nenhum objetivo de confrontar, deseja retomar o equilíbrio na questão da Saúde, vencer a pandemia e salvar cidadãos, independente da vontade e impetuosidade de quem considera que a vida não é tão importante diante de qualquer comportamento que não leve em consideração perdas irreparáveis que se choram diariamente.
Clima de incertezas
Segundo informa um deputado federal, o clima em Brasília é de muitas incertezas em relação à política, principalmente com a reforma nos Ministérios.
*** Acrescentou que a saída dos comandantes do Exercito, Marinha e Aeronáutica cria um clima de tensão em relação ao que poderá acontecer.
Esperam até setembro
Os presidentes nacionais dos partidos estão aguardando setembro para começar a se movimentar. Eles não querem mexer nas regras eleitorais atuais.
*** Têm deputados que sugerem o Distritão e outros que pedem o retorna de eleições proporcionais para o legislativo.
*** O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, já deixou claro que o retorno que a volta das coligações em 2022 é inconcebível.
Trabalha pela reeleição
O deputado federal Fábio Henrique (PDT) trabalha muito para conseguir a reeleição e continuará presidente da sigla em Sergipe. Trabalha em silêncio…
*** Nos bastidores circulam informações de que Fábio estaria arisco com o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT).
*** Mas nada que uma boa conversa não quebre arestas
Grupo de apoio a André
Fábio Henrique, entretanto, trabalha o seu grupo político para que o ex-deputado André Moura (PSC) seja o candidato a senador da chapa que disputará o Governo.
*** Acha que a presença de André será importante para a disputa majoritária para a sucessão estadual.
Pede diálogo direto
O senador Alessandro Vieira (Cidadania) fala sobre o convite para o Congresso ouvir o general Walter Braga Netto, ministro da Defesa.
*** Diz que “precisamos de respostas institucionais, não de tramas de Twitter ou análises enviesadas. Diante de uma crise que assola o governo e chega às Forças Armadas é essencial buscar o diálogo direto e transparente”.
*** Para Alessandro, “o Brasil já conheceu ditaduras e nenhum cidadão consciente tem saudades. O Senado deve cumprir seu papel de representação federativa e de estabilização nacional”.
Glória a 48 graus
O ex-deputado Jairo Santana, de Nossa Senhora da Glória, registrou ontem, por volta das 14 horas, uma temperatura de 48 graus em um povoado do município.
*** O calor nunca chegou a “essa altura”, disse Jairo.
*** Ele fez um apelo para que o Governo retorne com a distribuição de água para as pessoas e animais, através de caminhões pipa: “não dá para suportar”, disse.
Isso é preocupante
O magistrado Anselmo Oliveira diz que quando a política entra nos quartéis estamos próximo de um golpe autoritário para manter o governante de plantão no poder.
*** – O Brasil já viu isso várias vezes e é preocupante o que estamos a assistir.
Melhor momento
A Câmara Municipal está praticamente parada em razão da pandemia, que ainda trás medo, pela sua extensão. Todos aguardam um melhor momento para discussão política.
*** – Além disso, há uma grande expectativa por tudo que vem ocorrendo em Brasília e um receio de que seja decretado estado de sítio.
Edvaldo: de olho no Governo?
Alguns vereadores e até mesmo aliados do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) acham que ele trabalha para ser candidato a governador em 2022, “por convocação do grupo”.
*** Edvaldo ainda não parou desde que foi reeleito e o seu projeto é audacioso, além de sua presença marcante no combate à pandemia.
*** O prefeito, entretanto, nega e diz que pretende realizar o trabalho que projetou para um mandato de quatro anos.
*** Para disputar o Governo, Edvaldo terá que deixar a Prefeitura dentro de mais um ano exato.
Daniele ao Senado
A delegada Daniele Garcia (Cidadania) trabalha hoje para ser candidata do partido ao Senado Federal. Antes chegou a imaginar a Câmara.
*** O clima entre ela e o senador Alessandro Vieira está bom e evolui, desde que ele foi infectado pelo Covid-19.
*** Alessandro pensa em disputar o Governo e faria uma chapa puro sangue com Daniele ao Senado.
Vacinas a policiais
Ministério da Saúde determinou a antecipação da vacina para policiais e bombeiros que estão diretamente envolvidos na pandemia do Coronavírus.
*** Os Estados vão destinar um percentual para policiais e bombeiros já a partir de amanhã, quando está prevista a entrega de novos lotes.
Deputado no PSB
Um deputado estadual está com dois pés no PSB. Não entrou com corpo e tudo em razão da pandemia. Inclusive já esteve com a direção do partido e ser bem aceito.
*** Quando passa a pandemia – ou reduzir um pouco – o deputado terá reunião em Brasília com a Direção Nacional para tratar sobre a mudança.
Um bom bate papo
Notícias UOL – STF ouve do ministro da Defesa que Forças Armadas não vão se inclinar a autoritarismo e politização.
Fátima Lima – Na crise, igrejas estão ameaçando a fechar por falta de dízimo. A situação está difícil.
Brasil247 – Bolsonaro tentou dar um golpe, foi derrotado e agora demite quem o impediu, diz Jorge Solla.
Blog do Noblat – Em relatório sobre direitos humanos, EUA citam postura bélica de Bolsonaro contra imprensa e mortes arbitrárias por policiais.
Francisco Castro – O general Santos Cruz afirma que o Bolsonaro desrespeitou à população e às Forças Armadas.
Deu na Folha – Comissão da Câmara vai convidar Braga Netto para explicar situação nas Forças Armadas.
Paulo Pimenta – Bolsonaro decidiu afastar Pujol por recusa a criticar STF nas redes sobre caso Lula, como fizera Villas Boas.
Celso Rocha – Começamos a chegar perto de 4.000 mortes por dia enquanto o presidente da república tenta golpe de estado.