Aracaju, 18 de abril de 2024

LAÉRCIO EXPLICA COMO A LEI DO GÁS VAI AJUDAR NA REINDUSTRIALIZAÇÃO DO PAÍS

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
LAERCIO

A Nova Lei do Gás foi sancionada pelo Presidente Bolsonaro nesta quinta-feira, 8. A lei 14.134 de 08/04/21 lei deverá abrir o mercado de gás natural, estimulando a concorrência nos diversos elos da cadeia. A expectativa, segundo a indústria, é gerar R$ 60 bilhões de investimentos por ano e triplicar a produção industrial, além da geração de 4 milhões novos empregos. “O gás natural ofertado em maior volume e a preço competitivo poderá promover a reindustrialização do país porque o gás representa é um insumo importante para quase toda produção industrial. E vai estimular especialmente os setores que são consumidores intensivos de gás natural, como cerâmica, vidro, fertilizantes celulose, cimento e a indústria petroquímica”, explica o deputado federal Laércio Oliveira, que foi relator da lei.

O marco legal tramitou na Câmara dos deputados por mais de 10 anos e chega no momento em que o sistema vigente dá mostras do seu completo esgotamento, com o anúncio da Petrobrás de reajustamento de preço de 39% a partir de maio. “É claro que essa situação só existe por ser a Petrobras a única supridora do mercado nesse momento, que sempre impôs contratos de adesão padronizados às distribuidoras. As chamadas públicas para firmar contratos de suprimento a partir de janeiro de 2022 já têm novos ofertantes e condições de reajustamento e periodicidades diferentes. Enfim, passaremos a ter competição, mesmo que ainda com a presença predominante da Petrobras. O reajuste decorre da alta recente do petróleo, a variação da taxa de câmbio e o reajuste da parcela do preço referente ao transporte pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), índice de inflação que acumula alta de 31% em 12 messes até março”, explicou Laércio.

Mesmo considerando a premissa de não ter quebra de contratos, o ministro de Minas e Energia em recente pronunciamento considerou a possibilidade de buscar uma negociação com os diversos agentes envolvidos com o objetivo de uma renegociação dos contratos com as distribuidoras. “O momento é importante para que não só a Petrobras, mas também para que as transportadoras e distribuidoras revejam as suas margens e considerem a possibilidade de fazer um escalonamento do repasse do reajuste para os consumidores finais”, explicou.

A partir de maio deve entrar em operação o gasoduto de escoamento conhecido como Rota 3 que trará maior volume de gás natural do pré-sal para a costa brasileira que também ajudará na redução do preço do gás natural.

“Importante destacar a importância do passo que demos para  o lançamento de bases sólidas para a construção do Novo Mercado do Gás Natural no Brasil. Por certo que ainda há muito a ser feito para alcançarmos de fato um mercado aberto e competitivo”, avaliou Laércio.

Segundo o parlamentar, cabe agora ao Ministério de Minas e Energia avançar na regulamentação da lei recém sancionada e à ANP – Agência Nacional de Petróleo – produzir e dar cumprimento aos atos normativos e capazes de guiar os diversos agentes da cadeia de gás para que desempenhem os seus papéis: que os produtores aumentem a oferta de gás natural; que os transportadores invistam na expansão da malha; que as distribuidoras ampliem as suas redes; que o Estados promovam a harmonização das suas legislações, adaptando-as ao novo marco ora aprovado; e que os consumidores tirem os seus projetos da prateleira promovendo o aumento de produção e construção de novas unidades.

“Nesse contexto é importante ainda destacar a posição do Estado de Sergipe, onde o Governador Belivaldo Chagas vem atuando de forma determinada na criação de um ambiente propício para receber investimentos do setor, tanto nas questões regulatórias como nas tributárias, preparando o Estado para ter um papel de protagonismo nesse novo momento do gás natural”, concluiu.

Por Carla Passos

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Leia também