Aracaju, 23 de abril de 2024
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GOVERNO E UFS PROMOVEM TESTAGEM DA COVID-19 NO MUNICÍPIO DE MURIBECA

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O município de Muribeca recebeu nesta quinta-feira, 15, a Força-tarefa Covid-19, uma iniciativa do governo do Estado em parceria com a Universidade Federal de Sergipe, que visa identificar o cenário epidemiológico do novo coronavírus no território, mapear os casos assintomáticos e descobrir possíveis novas linhagens. São 120 pessoas que serão submetidas aos testes sorológicos e PCR.

Do início da pandemia até ontem, Muribeca registrou 151 casos confirmados da Covid-19, com 13 óbitos, sendo que os dois últimos ocorreram em um tempo inferior a 24 horas, o que deixou o secretário de Saúde, Fabiano dos Santos Silva, preocupado. “Esta foi a primeira vez que o nosso município registrou duas mortes por Covid-19 em um período tão curto, o que nos leva a suspeitar de que linhagens de interesse estão circulando no território”, declarou.

A testagem irá acusar a presença ou não de novas linhagens e mapear a infecção no município, que destinou os testes para a população a partir de demanda espontânea, sem agendamento, mas com distribuição de senhas, como informou o secretário, que disse sentir-se muito grato ao governo do Estado e à Universidade Federal de Sergipe (UFS) pela parceria na implantação e realização da Força-tarefa Covid-19.

Linhagens antigas

A Força-tarefa vem realizando a testagem rápida no interior do Estado desde o ano passado e, de acordo com o coordenador da ação, o professor da UFS Lysandro Borges, há um predomínio de linhagens antigas do novo coronavírus nos testes realizados. “No entanto, o que nos preocupa é que de 149 amostras enviadas à Fiocruz (laboratório de referência), 60 eram da variante de interesse P1, que tem maior letalidade e infectividade em relação às antigas”, observou.

Além da P1 representar 40.26% das amostras enviadas à Fiocruz, outro dado que merece atenção, segundo Lysandro Borges, é que as testagens têm apresentado um baixo índice de indivíduos com IgG reagente, o que mostra que a população está mais suscetível às novas linhagens.

“Observamos ainda taxa de positividade no RT-PCR compatível com as taxas de mortalidade altas nos municípios visitados, o que sugere que a testagem em massa consegue mapear os pacientes assintomáticos, assim reduzindo a contaminação e agravamento dos sintomáticos”, considerou o coordenador da força-tarefa.

Foto: SMS/Muribeca

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