Aracaju, 23 de abril de 2024
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Vacinas contra a gripe e a Covid-19 devem ser recebidas respeitando intervalo de tempo, diz médica infectologista

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A partir da próxima segunda-feira, 19, o estado de Sergipe iniciará a vacinação contra o vírus Influenza, causador da gripe. Dividida em três fases, a imunização ocorre até o dia 9 de julho e contemplará grupos prioritários. A médica infectologista e cooperada Unimed Sergipe, Márcia Maria Macedo Lima, explica que as pessoas que serão imunizadas devem ficar atentas às datas, pois nesta época do ano, a incidência da gripe é mais alta.

“A gripe é transmitida através de gotículas e se dissemina pelo espirro, pela tosse ou quando colocamos a mão em um local contaminado e levamos a mão ao rosto, à boca ou ao nariz. Neste período, que é frio em alguns locais e que é chuvoso no nosso Estado, as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados, o que aumenta a propagação. Como a vacina demora em torno de duas a três semanas para começar a fazer efeito, é necessário que a vacinação comece antes do período das chuvas”, explica Márcia

Segundo a infectologista, tanto a vacina contra a Influenza, como a vacina que imuniza contra o novo Coronavírus devem ser tomadas atentando-se, principalmente, ao intervalo entre cada uma delas. “Se o indivíduo se vacinou contra a Covid com a Coronavac, que o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de três a quatro semanas, ele deve esperar receber esta segunda dose e tomar a vacina da gripe 15 dias depois. Caso a pessoa se vacine com o imunizante da Oxford/Astrazeneca , que o intervalo é de três meses, ele pode se vacinar contra a gripe nesse intervalo, contanto que a vacina da gripe seja tomada com no mínimo 15 depois da primeira dose ou 15 dias antes da segunda dose da vacina contra  a Covid”, esclarece a médica, que é especialista em vacinas.

Fases

Na primeira fase da vacinação, que vai de 19 de abril a 10 de maio, serão imunizadas crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde. Na segunda fase, entre 11 de maio e 8 de junho, se vacinarão os idosos com 60 anos ou mais e professores.

Na terceira fase, que acontece entre os dias 9 de junho e 9 de julho, serão imunizadas pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, e adolescentes em medidas socioeducativas.

“O ideal seria a vacinação contra a gripe de toda a população, mas isso não é viável do ponto de vista da política pública, pois são mais de 200 milhões de habitantes. Por isso, é preciso priorizar os grupos de maior risco para complicações de pneumonia e infecções respiratórias graves. Neste grupo entram, por exemplo, as crianças, gestantes, idosos, imunocomprometidos e profissionais de saúde devido a sua grande exposição. Logo depois vêm os demais grupos escolhidos pelo Programa Nacional de Imunização”, pontua Márcia.

Da assessoria

Foto Marcelle Cristinne

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