A Secretaria de Estado da Saúde (SES) estimula o uso das tecnologias digitais para diminuir distâncias em tempos de afastamento físico. Com a pandemia, o contato presencial entre as pessoas foi diminuído exacerbadamente, já que a proximidade é uma das principais formas de propagação do coronavírus. Mesmo que saibamos que o atual cenário tem afastado fisicamente pessoas e, consequentemente, causado uma série de problemas psicológicos, a demonstração de carinho é de extrema importância, principalmente, entre famílias, crianças e idosos.
O Dia Nacional do Abraço, comemorado em 22 de maio, pode ser celebrado com manifestações virtuais de afeto. Afinal, distanciamento físico não é sinônimo de isolamento afetivo ou emocional. É possível ofertar abraços simbólicos utilizando as tecnologias digitais.
O Terapeuta Corporal do Núcleo de Atenção à Saúde do Trabalhador (NAST/SES) e organizador e condutor do Servidor Zen, Nilson Silva fala sobre a importância desses atos de afeto, pois, podem ajudar a diminuir sintomas como depressão, abandono, pânico, solidão, entre outros sentimentos que tem abalado emocionalmente a população nesse momento, já que desde 2020, a data tem acontecido em formato diferente.
“O abraço ganha importância exatamente por se configurar como um recurso que produz a sensação de conforto e segurança. Ao acolher e ser acolhida pelo abraço, a pessoa tem minimizados os sentimentos que trazem a ideia de vulnerabilidade, a sensação de fortalecimento de seus potenciais permitem que se torne resiliente diante das dificuldades enfrentadas”, explica Nilson.
Os abraços simbólicos podem ser dados de diversas formas, como por exemplo, adotando pequenas boas atitudes no dia a dia que podem impactar positivamente no bem-estar de alguém, perguntando se a pessoa está bem, se necessita de algo, ou até mesmo dar suporte para algo que aquela pessoa precisa naquela semana, se envolvendo na causa dela.
Embora haja a necessidade de estar em isolamento e “distanciamento social”, é importante ressaltar que não deve ser sinônimo de distanciamento afetivo e emocional. Há uma devida significância na manutenção dos vínculos e cuidado com as relações, podendo usar as redes sociais e meios tecnológicos como formas de contato e proximidade, seja por meio de conversas, chamadas de vídeo, ligações e áudios.
O terapeuta ressalta em sua fala a importância de considerar os recursos tecnológicos como abraços virtuais. “O fato de entrarmos em contato, seja por mensagens, áudios, vídeos, ou outros meios, nos permite valorizar a presença do outro nas nossas vidas, isso representa a importância e o valor que o outro atribui a nós e que também atribuímos ao outro”, diz.
Outros jeitos de se abraçar
Para além disso, o abraço pode ser de nós para nós mesmos, podendo buscar diferentes formas para que também nos façam sentir abraçados. O autocuidado, por exemplo, é um termo que tem ganhado espaço, além de mostrar a importância do olhar atento ao próprio corpo. Assim como, reservar um tempo para estar sozinho, prestar atenção ao que está sentindo e prezar por fazer algo que você gosta muito podem ser gestos de autocuidado. O abraço também pode ser de nós para nós mesmos.
“É salutar lembrarmos sempre das pessoas com quem temos relações, sejam elas mais ou menos frequentes. Temos que cuidar da nossa saúde física, emocional e espiritual sempre com muito carinho”, atenta Nilson.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Ascom/SES)