A vice-governadora Eliane Aquino (PT) diz que foi “com extrema surpresa e indignação que recebi a notícia do despejo das famílias da ocupação João Mulungu, no Centro de Aracaju, na manhã deste domingo 23). Num momento tão grave de pandemia, uma ação dessas não deveria ocorrer, muito menos da maneira como ocorreu”.
– Mas, em último caso, pela necessidade do cumprimento de ordem judicial, deveria ter ocorrido um trabalho conjunto entre diversas frentes do Poder Público que assegurasse, pelo menos, que todas as pessoas fossem testadas, disse.
Para Eliane, além das questões sociais, faltou um olhar para o risco da disseminação do coronavírus. A secretaria de Estado da Inclusão Social não foi notificada com antecedência, mas uma equipe foi direcionada ao local assim que soubemos dos fatos. É lamentável conviver com a ação de despejo de famílias vulneráveis num momento de pandemia. Minha solidariedade às pessoas que viviam na ocupação João Mulungu”.
Emília Correa – Já a vereadora Emília Correa (Patriotas) declarou que “é inadmissível uma Reintegração em um domingo de plena pandemia diante de tanta vulnerabilidade das famílias do João Mulungu”.
E mais: “Minha esperança é que a Defensoria Pública tem acompanhado de perto toda Ação.Deixo a indagação: Esse é o formato adequado para esse momento tão delicado?”
Como foi -A reintegração de posse da João Mulungu começou a ser realizada pela Polícia Militar (PM) por volta das 6h da manhã deste domingo (23), na Avenida Ivo do Prado, na Região Central de Aracaju, que abriga 71 pessoas da Ocupação João Mulungu, de acordo com o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
A PM disse que segue uma ordem judicial. Os ocupantes estão no prédio desde novembro do ano passado. No dia 13 de maio, representantes da ocupação chegaram a fazer manifestações na Câmara de Aracaju e na Avenida Ivo do Prado reivindicando moradia.